O setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) no Brasil teve um crescimento de 22,9% em 2020, de acordo com dados da IDC (International Data Corporation), empresa de consultoria na área tecnológica. Em Londrina, a demanda por profissionais do setor aumenta ainda em 2021: de janeiro a maio deste ano, foram gerados 747 empregos no setor na cidade, o que representa 65% do total de empregos criados na área em 2020, que foi 1.157, de janeiro a dezembro.
As empresas do setor, porém, têm tido dificuldade para encontrar mão de obra qualificada para as vagas. É o que conta a reitora da Universidade Pitágoras Unopar Flávia Frutos. "Nós temos participado de governanças do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) na área de TI, e também governanças de instituições de ensino superior, que nos tem trazido essa questão da falta de mão de obra e da oportunidade enorme que está ‘na mesa’ para que Londrina atraia ainda mais empresas da área”, relata.
A reitora afirma que, para suprir a demanda, as empresas de TIC contratam alunos da instituição que ainda estão na graduação. É o caso do estudante do segundo ano de Engenharia Elétrica Luís Arthur Castanho, que foi efetivado numa empresa de tecnologia em Londrina há um mês, após quatro meses de estágio. "Sei que tem bastante universitários atuando lá, alguns como efetivos e outros como estagiários”, confirma Castanho. "Creio que quanto mais aumenta o nível de dificuldade, mais me dedico a tentar entender e aprender sobre a área, a estudar e ficar mais capacitado”, relata.
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Além dos estudantes de graduação, acabam sendo contratados também profissionais de outras áreas, que passam a receber treinamento de TI nas empresas, principalmente para os cargos considerados iniciantes. É o que aconteceu com a jornalista Giovana Borghesi. Tendo concluído a graduação em Jornalismo pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) em junho deste ano, ela ingressou há um mês numa multinacional da área de tecnologia na cidade. "Já ouvi falar também de outros funcionários que são formados em cursos como Direito e Letras, por exemplo, que estão trabalhando com TI”, conta.
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Supervisão: Celso Felizardo, editor de Economia