Recentemente, o diretor de Promoção da Saúde da Organização Mundial da Saúde, Ruediger Krech, fez um alerta sobre uma nova pandemia que pode acometer a população mundial: o sedentarismo. Hoje, de acordo com a autoridade, aproximadamente 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. A prática regular de exercícios é fundamental para a prevenção de diversas doenças como câncer, diabetes tipo 2 e disfunções cardíacas. Além disso, o movimento do corpo também beneficia a mente com a redução dos sintomas da depressão, ansiedade e melhora o raciocínio lógico, memória e atenção.
"Antes as pessoas caminhavam na rua, subiam escadas, se movimentavam mais. Agora, devido ao isolamento social, o sedentarismo envolve muito mais fraqueza muscular, dores nas articulações, aumento do peso corporal, dentre outras consequências. Antes da pandemia, 34% da população brasileira fazia Exercício Físico. Atualmente, menos da metade está se movimentando”, aponta Caroline Pederneiras, educadora física na TopMed.
É importante ressaltar que um estudo realizado por pesquisadores brasileiros, divulgado no final de novembro, aponta que a prática de atividades físicas pode reduzir em 34,3% a prevalência de hospitalizações por Covid-19.
Leia mais:
PF fará reconstituição das explosões na praça dos Três Poderes e Câmara dos Deputados
PEC 6x1 ainda não foi debatida no núcleo do governo, afirma ministro
PEC que propõe fim da escala de trabalho 6x1 alcança número necessário de assinaturas, diz Hilton
Falta de Ozempic em farmácias leva pacientes à busca por alternativas
Pensando nisso, a profissional separou dicas para manter o corpo em movimento sem precisar frequentar a academia. Confira:
Frequência é o segredo
"Muitas pessoas não estão acostumadas a fazer exercícios físicos e costumam exagerar na intensidade das atividades em casa. A recomendação é fazer 60 minutos de movimentação corpórea todos os dias. Vale yoga, alongamento, subir escadas e caminhar pelos cômodos”. Fazer exercícios em casa com próprio peso do corpo, como apoio, agachamento e prancha, também são válidos. Além deles, atividades aeróbicas como polichinelo e correr no lugar, também são boas opções.
A especialista aponta que ao realizar exercícios de intensidade moderada, semanalmente, de maneira sistemática e planejada o corpo humano produz em mais quantidade a enzima antioxidante (superóxido dismutase), na qual tem a finalidade de proteger os órgãos vitais como, pulmão e coração. Contribuindo com a restauração dos órgãos diante de inflamações geradas por diversas doenças.
Tecnologia a seu favor
"A tecnologia pode ser uma ótima aliada para quem busca se mexer mais. Procure músicas que te animem na hora de se exercitar e faça movimentos que estão de acordo com as suas limitações. Começou a doer, está incomodando muito? Pare. Respire. E, depois, retome”, pontua.
Para todas as idades
"Vale lembrar que o movimento do corpo é importante para todas as fases da vida. Para tornar esse momento mais agradável dance, faça atividades em parceria. Seja presencialmente ou por videochamada convide familiares e amigos a participar desse momento”, sugere Caroline Pederneiras, educadora física, na TopMed.
Ar livre
"Caso seja liberado na sua cidade e se sinta seguro, saia para caminhar na rua ou até mesmo na praça mais próxima. Mantendo o distanciamento, o uso da máscara e seguindo o protocolo de cuidados ao voltar para a residência não há problema”, explica.
Esqueça o tempo
"Para quem não possui o hábito do exercício, prender-se ao tempo de execução dá a sensação de angústia, porque a pessoa quer acabar logo. A dica é procurar conteúdos que tenham o tempo exato da atividade. Pode ser um vídeo, podcast ou até mesmo músicas que sirvam como cronômetro para o momento. Assim, fica muito mais fácil tornar a prática prazerosa”, finaliza Caroline Pederneiras, educadora física, na TopMed.