O envelhecimento populacional acelerado no Brasil desafia o mundo dos negócios. Ao mesmo tempo que gera demandas, impõe às empresas que conheçam e dialoguem com consumidores acima de 60 anos. Pequenos levam vantagem no processo, mas, de forma geral, ele ainda não ocorre de forma satisfatória, segundo especialistas.
"Há desconhecimento sobre essa população, que é heterogênea, porque as pessoas de 60 e 80 não se comportam da mesma maneira", diz Sérgio Duque Estrada, fundador da consultoria Ativen, especializada em economia prateada, termo usado para designar o mercado voltado ao público acima de 60 anos.
Uma coisa que as empresas deveriam ter em mente, diz ele, é que esse cliente tem maior tendência à fidelização, ou seja, a seguir comprando determinadas marcas.
"Os jovens são como uma esponja. Experimentam de tudo. Mas quem é mais velho já tem suas preferências. Sabe aquilo da pessoa que só gosta de MPB porque ouviu a vida inteira? No consumo isso também existe", acrescenta Estrada, também coordenador de curso de curta duração sobre economia prateada do Insper, que terá sua primeira turma a partir de 2 de maio.