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Igreja Católica

Papa Francisco anuncia Jubileu 2025 e reforça pedidos de paz

Folhapress
17 mai 2024 às 08:30

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- Ansa
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A Penitenciária Apostólica, tribunal supremo da Igreja Católica, divulgou na segunda-feira (13) as "Normas Sobre a Concessão de Indulgência" para o Jubileu de 2025. Quatro dias antes, o papa Francisco havia feito a leitura dos termos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

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Na ocasião, quando a chamada Bula de Proclamação do Jubileu foi lançada, o papa argentino invocou a paz num mundo que, segundo ele, está marcado pelo conflito de armas, morte, destruição, ódio contra o próximo, fome, dívida ecológica e baixa taxa de natalidade.

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"A humanidade está submetida a uma difícil prova que vê muitas populações oprimidas pela brutalidade da violência. Faltará ainda a esses povos algo que não tenham já sofrido?", questionou o papa, de acordo com o Vatican News, portal de informação da Santa Sé.


Francisco prosseguiu. "Como é possível que o seu desesperado grito de ajuda não impulsione os responsáveis das nações a querer pôr fim aos demasiados conflitos regionais? Será excessivo sonhar que as armas se calem e deixem de difundir destruição e morte?".

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O papa também fez um apelo em favor da natalidade, que ele cita estar caindo em vários países e por vários motivos como "ritmo frenético de vida" e "modelos sociais ditados mais pela procura do lucro do que pelo cuidado das relações humanas".


Para o pontífice, há uma "necessidade urgente" de "apoio convicto" dos fiéis e da sociedade civil ao "desejo dos jovens" de gerar novas crianças, para que o futuro possa ser "marcado pelo sorriso de tantos meninos e meninas que, em muitas partes do mundo, venham encher os demasiados berços vazios".

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Os migrantes também não foram esquecidos pelo papa, que disse esperar que as expectativas deles "não sejam frustradas por preconceitos e isolamentos".


"A tantos exilados, deslocados e refugiados que, por acontecimentos internacionais controversos, são forçados a fugir para evitar guerras, violência e discriminação, sejam garantidos a segurança e o acesso ao trabalho e à instrução, instrumentos necessários para a sua inserção no novo contexto social."

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O papa pediu que os países ricos perdoem as dívidas das nações pobres e ainda citou o respeito aos presidiários, o fim da pena de morte e disse que é escandaloso que os pobres constituem a ser a maioria da população em um mundo dotado de recursos.


A Bula, dividida em 25 pontos, contém súplicas, propostas, apelos em favor dos presos, dos doentes, dos idosos, dos pobres, dos jovens, e anuncia as novidades de um Ano Santo que terá como tema "Peregrinos de esperança".

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"Todos os fiéis verdadeiramente arrependidos, excluindo qualquer apego ao pecado e movidos por um espírito de caridade, e que, no decurso do Ano Santo, purificados pelo sacramento da penitência e revigorados pela Sagrada Comunhão, rezem segundo as intenções do Sumo Pontífice, poderão obter do tesouro da Igreja pleníssima Indulgência, remissão e perdão dos seus pecados, que se pode aplicar às almas do Purgatório sob a forma de sufrágio", diz o texto.


O Jubileu acontece a cada 25 anos, quando a Igreja Católica incentiva peregrinações a Roma, na Itália, e a outras basílicas para que os fiéis alcancem a indulgência plenária, que permite "sanar dívidas" que o pecado deixa na alma, amenizando o tempo no purgatório.

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Um dos marcos do evento religioso é a peregrinação até a Porta Santa das basílicas maiores (nome dado às basílicas de São Pedro, Santa Maria Maior e São Paulo fora dos muros, e São João de Latrão, todas em Roma).


Estas portas serão abertas pelo próprio papa Francisco, sendo a primeira a de São Pedro, em 24 de dezembro. O marco da peregrinação jubilar é exatamente a passagem dos fiéis por estas portas, garantindo a indulgência desde que cumpram as disposições fixadas pela Igreja, que são confissão sacramental, comunhão e oração pelo papa.


Cada basílica tem uma data diferente para iniciar o Jubileu 2025.


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