Conhecida popularmente por "problemas cardíacos” ou "doenças do coração”, a doença cardíaca é um termo abrangente no que se diz respeito a diversos problemas clínicos crônicos e agudos que atingem um ou mais componentes do coração. O coração é o órgão mais importante do corpo humano, porque, além de ser o responsável por bombear sangue continuamente, ele também é um órgão endócrino, que produz dois hormônios: o peptídeo natriurético atrial (ANP) e o peptídeo natriurético do tipo B (ou peptídeo natriurético cerebral – BNP), que coordenam a função cardíaca com as artérias e os rins.
As doenças cardiovasculares figuram entre as principais causas de mortes no mundo, de acordo com o relatório anual GBD (Global Burden of Desease – em português, Carga de Doenças Global), divulgado pela revista científica The Lancet. A hipertensão foi a enfermidade que mais matou no mundo em 2019, sendo a causa da morte de cerca de 10,8 milhões de pessoas. No Brasil não é diferente, duas doenças do coração predominam o ranking de mortes no país, são elas: a doença isquêmica do coração (também chamada de doença arterial coronariana), com uma taxa de mortalidade de 80.02 para cada 100 mil habitantes, seguida por mortes por doenças cerebrovasculares, com taxa de 56.58.
Além de ser causada por um fator crônico, as doenças cardíacas também podem ser geradas em sua maioria das vezes pelo consumo demasiado de álcool, cigarro, alimentos com excesso de sódio em sua composição, sedentarismo e sobrepeso.
De acordo com o doutor, Irapuan Penteado Magalhães, médico cardiologista do Hospital IGESP, algumas doenças, como hipertensão, não têm cura, mas possuem tratamento e podem ser controladas de diversas formas. "Em um panorama geral, uma alimentação saudável em conjunto com a prática constante de exercícios físicos são grandes aliados no combate a doenças cardiovasculares. Porém, a qualquer indicação de sintoma é fundamental a busca por um médico cardiologista. O profissional saberá qual o tratamento específico deve ser implementado”, afirma o médico.