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Enjoo durante as viagens? Entenda e saiba como evitar

22 fev 2022 às 16:30

A doença do movimento é um problema comum que pode atingir pessoas que viajam de moto, carro, barco ou avião e todos são suscetíveis ao movimento gerado por esses transportes, sendo mais comum ocorrer em crianças e mulheres grávidas.


Essa condição tem nome complicado, mas a explicação é simples. A cinetose ou a tontura do movimento é a incompatibilidade entre o movimento que se vê e o que é percebido pelos órgãos que compõem os ouvidos, responsáveis pelo nosso equilíbrio


E essa oscilação repetitiva do corpo, durante viagens curtas ou longas, causam o mal-estar.

 

“Não necessariamente o movimento real é requisito para a manifes­tação desta desordem no aparelho vestibular - órgãos que compõem o ouvido -, uma vez que a mera percepção de estar se movendo já pode resultar em doença do movimento”, comenta Olavo Mion, médico otorrinolaringologista da Hypera Pharma. O especialista ainda explica que mulheres e gestantes têm quadros mais graves de cinetose e crianças menores de dois anos são menos sensíveis. Entre os pequenos, os picos ocorrem entre 3 e 12 anos. Já indivíduos com ansiedade, claustrofobia e enxaqueca têm mais risco de desenvolver a doença.

A cinetose ainda causa náuseas, aumento da salivação, dor de cabeça, visão turva, tontura sem vertigem e sonolência e, para realizar uma viagem confortável, o tratamento mais efetivo para a doença do movimento são anti-histamínicos e anticolinérgicos, principalmente quando combinado aos com cuidados ambientais e comportamentais, como evitar movimentos bruscos, ingerir bebidas alcoólicas, e evitar alimentos gordurosos ou com alto valor calórico. Também é recomendado que a pessoa não olhe diretamente para telas ou aparelhos eletrônicos.

“Os anti-histamínicos são o tratamento de escolha para os sintomas de vertigem, náusea e vômitos caudados pela cinetose e seu efeito de duração prolongado o torna o mais indicado para longas viagens. O dimenidrinato é eficaz, de rápido início de ação, quando comparado com outros anti-hista­mínicos e com menores efeitos colaterais que outros medicamentos”, explica o especialista.

Em um estudo sobre anti-histamínicos, Wood e Graybiel concluíram que o dimenidrinato foi mais efetivo que a meclizina. Além disso, segundo Dahl - outro pesquisador - e colaboradores, a meclizina tem menor eficácia que o dimenidrinato e outros anti-histamínicos, como a clorfeniramina. Entre os anti-histamínicos citados acima, o dimenidrinato é o mais eficaz. 

“Ainda assim, é importante se consultar com um especialista antes de tomar qualquer tipo de medicação”, reforça Mion.

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