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É escapismo buscar a felicidade em um mundo como o nosso?

19 mar 2021 às 16:07


O que é felicidade? Segundo o dicionário, a felicidade é definida como sensação real de satisfação plena; estado de contentamento. Uma condição da pessoa feliz, satisfeita, alegre e contente.

Estamos sempre em busca dessa palavrinha mágica. Por conta disso, diversas vezes escolhemos o caminho mais rápido, com pequenos momentos de alegria e excitação, como compras, viagens, dentre outros mimos.


E isso não é errado, o que acontece é que muitas vezes os prazeres momentâneos podem mascarar uma melancolia profunda. Essa busca excessiva para alcançar a felicidade, também pode ter o efeito reverso. Um exemplo é o caso de pessoas em que a insatisfação constante impulsiona comportamentos compulsivos e obsessivos, trazendo danos psicológicos e, até mesmo, físicos.


"Neste começo do mês, lembramos que em 20 de março celebramos mundialmente a felicidade e vale lembrar que não há uma uma receita universal para ela. O que é certo é que sua busca precisa ser por meio do autoconhecimento e de pequenas ações diárias”, explica Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva Aplicada, pela Universidade da Pensilvânia.


Felicidade ou Escapismo?

A Psicologia Positiva explica que a felicidade não é a ausência de problema e, sim, um estado de espírito que independe de situação e lugar.


Para Flora, a felicidade implica em perceber o problema, analisar a situação e lidar com ele de forma equilibrada. "Não significa que precisamos ser sempre apáticos às frustrações e, sim, analisar quais ações podemos ter que nos permitam solucionar a questão”, explica.


No estudo da Psicologia Positiva, a busca da felicidade está relacionada a entender os aspectos positivos do ser humano e trabalhar neles para tornar a vida mais gratificante e promover a saúde e bem estar.


Embora a felicidade seja um sentimento subjetivo e, por conta disso, tão difícil de ser definida, é possível identificar alguns meios de conquistá-la, segundo a Psicologia Positiva. A especialista explica a seguir alguns deles.


Emoção positiva: a forma como lidamos com as nossas emoções é fundamental para uma maior sensação de felicidade. Para isso, precisamos direcionar o modo como nos sentimos sobre o passado, o futuro e como vivenciamos o presente. Trocar as emoções ruins por positivas é uma boa. Por exemplo, em vez de sentir rancor por algo que aconteceu no passado, procurar encontrar o aprendizado.


Engajamento: Você produz mais quando usa seus pontos fortes ou os pontos fracos? Sempre nos saímos melhor quando usamos nossas forças pessoais, e nos sentimos valorizados e satisfeitos, o que, em consequência, nos dá mais felicidade. Trabalhar e focar em atividades que permitam aplicar e exercer os pontos fortes é a chave.


Relações positivas: há evidências de que, grosso modo, somos a média das cinco pessoas que convivem conosco. Isso quer dizer que o contato social mais próximo influencia diretamente o bem estar diário. Importante, portanto, atentar para este convívio e refletir se ele reflete os próprios valores.


Resiliência: a resiliência é a capacidade de se recuperar e superar adversidades. Mas como é possível em acontecimentos ruins? Exercitá-la- todos os dias é um bom começo, mesmo que nem sempre o objetivo seja alcançado. O importante aqui é persistir na mudança de paradigma.

Otimismo: ao contrário do que muitos pensam, o otimismo é uma característica não é um traço inerente e pode ser aprendido. Ser otimista não é ver o mundo com um filtro colorido e sim extrair das adversidades aprendizados que possam ser levados para a vida como ensinamento.


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