Moda

Usar ou não usar o uniforme escolar, eis a questão

25 jan 2010 às 10:25

Este ano, a estudante Beatriz Roveri de Abreu, de 13 anos, vai estrear na 8ªsérie do Fundamental. Além do avanço nos estudos, há uma outra novidade que a anima: a extinção do uso do uniforme.

‘Agora ele vai ficar de lado e vou poder usar calça jeans e blusa. É mais confortável e não enjoa também’, diz ela, que para isso, já providenciou alguns gastos. ‘Vou ter que comprar algumas roupas mais básicas. Não dá para ir à escola com peças curtas ou decotadas, pois chama muita atenção, além de não serem adequadas ao ambiente’, conclui.


Segundo ela, o outro lado desta ‘liberdade’ na maneira de vestir é a da preocupação em não repetir muito o visual. ‘É ruim ficar usando as mesmas roupas durante o ano, por isso eu acho que vou acabar gastando um pouco mais’, garante a aluna do Colégio Universitário.


De acordo com Manuel Machado, diretor de Marketing e Matrículas, explica que no colégio o uso de uniforme no ensino Fundamental é praticado desde 1969. ‘A não obrigatoriedade do uniforme no ensino Médio está relacionada à cultura regional, pois nenhuma escola particular aqui da região obriga seu uso’, diz ele, que adianta algumas explicações. ‘Para os pequenos, o uniforme serve como identificação, incute disciplina e traz praticidade para os pais, que não precisam vestir a criança todos os dias. Já os adolescentes fazem a escolha da própria roupa, justamente pela maturidade’, afirma.


Com esta atitude, a escola se atenta a um detalhe muito importante: a exigência de roupas apropriadas. ‘O colégio trabalha com rigor no uso de roupas. Se o aluno estiver vestido inadequadamente ou ele volta para trocar ou a escola empresta um uniforme’, conta.


Começou no Exército


A atitude de usar a mesma roupa nas escolas provém do Exército, que foi uma das primeiras instituições a adotar uma única vestimenta. Nas escolas, os primeiros uniformes começaram a ser vestidos por volta de 1890, por estudantes da Escola Normal, responsável pela formação de professores. Já as instituições tradicionais passaram a exigir, de fato, o uso de uniforme nos anos 1920 e nas demais, na década de 30.


Novos moldes, mais conforto


O uso de uniformes sequenciou também alguns adventos no que diz respeito à confecção das roupas, como a busca no aprimoramento dos tecidos e a preocupação em seguir tendências.


‘Percebemos que os uniformes também acompanham alguns moldes da moda, como por exemplo, as calças das meninas, que agora vêm no estilo legging e as camisetas, mais curtas e justinhas’, observa Andréa Ferraz e Souza, sócia da irmã Beatriz Silva da Nathali’s, loja que comercializa uniformes e materiais escolares há 28 anos.

Além dos novos moldes, elas garantem que os pais também estão cada vez mais exigentes em relação aos tecidos. Beatriz conta que eles procuram, além do bom preço, conforto, durabilidade e praticidade. ‘É por isso que os uniformes estão sendo confeccionados com tecidos que tenham custo e benefício agregados, como a helanca, microtel, poliviscose e suplex’, diz.


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