A menopausa é o nome que se dá à última menstruação, que ocorre entre os 45 e 55 anos. Nesta fase, o organismo passa por mudanças que causam muitos desconfortos, como ondas de calor, tonturas, palpitações, suores noturnos, distúrbios do sono, depressão, irritabilidade, irregularidade menstrual, diminuição da libido, entre tantos outros.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, em 2030, cerca de 1,2 bilhões de mulheres terão mais de 50 anos, número três vezes maior do que em 1990. "Por conta disso, o acesso às informações referentes à menopausa e suas consequências é de extrema importância, já que devido ao aumento da expectativa de vida, a maioria das mulheres deverá viver um terço de suas vidas em estado de deficiência estrogênica, ou seja, em período pós-menopausa", ressalta a gerente médica da unidade MIP Aché, Talita Poli Biason.
Grande parte das mulheres sofrem algum tipo de experiência relacionada à falta de estrogênio (principal mudança corpórea que ocorre na menopausa), como ondas de calor, ressecamento da pele e secura vaginal. "Também são relatados frequentemente casos de irritabilidade, perda de concentração e diminuição da libido. Algumas mulheres podem ter os sintomas mais intensos No entanto, conhecer melhor esse momento fisiológico e um pouco de planejamento pode ajudar as mulheres a lidarem melhor com a menopausa, além de , é claro, uma boa conversa com o ginecologista", afirma Talita.
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Qualidade de vida na menopausa
A médica explica que é importante que as mulheres tenham consciência de que a preparação para este momento da vida deve iniciar quando começam a experimentar os primeiros sintomas da menopausa. "Conhecido como perimenopausa, esse estágio inicia por volta dos 40 anos, mas pode começar mais cedo, até mesmo na terceira década de vida", alerta.
Na visão da médica, as mulheres entrando em menopausa não devem se limitar a simplesmente deixar essa transição acontecer. Elas devem ser proativas em relação à própria saúde e trilhar todos os passos necessários para minimizar os efeitos colaterais da menopausa entes que eles apareçam.
Confira a seguir algumas dicas importantes para assegurar o bem-estar nesta fase delicada:
Praticar atividades físicas ajuda a prevenir o ganho de peso típico da menopausa. Não espere ela chegar para começar um programa de exercícios. Comece o quanto antes! Assim você tem mais facilidade para perder os quilinhos a mais;
Faça exercícios de fortalecimento da musculatura para manter os ossos fortes e reduzir o risco de fraturas. É prudente buscar orientação específica para adequar o tipo e a carga de exercícios mais adequada para cada mulher;
Segundo os especialistas, mulheres em pré-menopausa (45 a 55 anos, em média) devem consumir de 1.000 a 1.200 mg de cálcio por dia e, em pós-menopausa (após os 65 anos, em média) até 1.500 mg. Para suprir as necessidades, é importante adotar uma dieta balanceada em alimentos ricos em cálcio. O leite e derivados são as fontes que possuem maior biosdisponibilidade de cálcio.
Caso não consiga atingir a quantidade recomendada pela alimentação, considere utilizar suplementos. Hoje já existe no mercado tabletes mastigáveis que associam cálcio e vitamina D. A vitamina D garante maior absorção de cálcio para o organismo, além disso, o suplemento é desenvolvido com uma tecnologia exclusiva que libera micropartículas de cálcio no estômago, o que facilita a sua dissolução e reduz os incômodos gastrointestinais comuns aos cálcios em comprimidos tradicionais. A indicação é que sejam consumidos de um a dois tabletes por dia, o que corresponde a 40% ou 80% da ingestão diária de cálcio que é recomendada.
Desafie seu cérebro com exercícios de memória, palavras cruzadas e outros tipos de jogos de raciocínio. Isso pode ajudar a diminuir o risco de perda de memória durante a pós-menopausa;
Desenvolva bons hábitos de sono. A falta de sono em si pode contribuir para a confusão mental e baixa libido, problemas frequentemente associados à menopausa;
Discuta com o médico os prós e contras do uso da terapia de reposição hormonal. Ela não é recomendada para mulheres em situação de risco para câncer de mama, trombose ou doença cardíaca;
Mantenha uma dieta rica em frutas e verduras, limitando o uso de alimentos industrializados. Gorduras saudáveis como o salmão, o abacate e o azeite de oliva ajudam a manter os cabelos e a pele saudáveis.