A osteoporose pode ser definida como osso poroso e é uma doença que se caracteriza pela baixa densidade do esqueleto, resultante da perda gradual e contínua do cálcio armazenado nos ossos. A osteoporose é menos comum no homem do que na mulher e atinge principalmente pessoas idosas. Isso porque uma descalcificação óssea acontece naturalmente com o envelhecimento, fazendo com que os ossos percam sua rigidez normal e se tornem menos resistente a traumas, ficando, por consequência, mais vulneráveis a fraturas, especialmente no colo de fêmur, coluna vertebral e punho.
Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira vem envelhecendo nos últimos anos. A incidência desta doença deve, então, crescer no Brasil. Uma reflexão que vem à tona no mês de outubro, por conta do Dia Mundial da Oesteoporose (dia 20).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, um terço das mulheres brancas com mais de 65 anos são portadoras dessa doença. Nos Estados Unidos a osteoporose é responsável por mais de 1,5 milhões de fraturas por ano. Segundo Mauro Scharf, endocrinologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica/DASA, um dos principais problemas é o diagnóstico da osteoporose, já que ela é uma doença silenciosa e não apresenta sintomas até que aconteçam as fraturas ósseas. "Como normalmente os pacientes só percebem que têm a doença quando acontece a primeira fratura, é pouco comum conseguirmos um diagnóstico precoce, que seria feito pela densitometria óssea, avaliação clínica e pesquisa dos fatores de risco", alerta o médico.
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Scharf explica que a densitometria óssea avalia a densidade dos ossos, em especial a coluna, o quadril e os pulsos. É um exame com baixa exposição à radiação, que não provoca dor ou desconforto. Ele consegue identificar sinais precoces de osteoporose ou de enfraquecimento ósseo. A Fundação Americana de Osteoporose recomenda a realização da densitometria óssea de forma preventiva principalmente para mulheres acima de 65 anos, com menopausa precoce ou pós-menopausa, em uso de medicamentos corticóides, com diabetes tipo 1, doença hepática, renal ou de tireóide.
O médico diz que também é recomendada para a terceira idade a realização de avaliação clínica rotineira e de hemograma, provas de atividade inflamatória, eletroforese de proteínas, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina e cálcio na urina de 24 horas. Esses exames possibilitam afastar as causas mais comuns de doenças que podem causar osteoporose como mieloma múltiplo, hiperparatiroidismo, osteomalácia, hipercalciúria, algumas anemias, doenças reumáticas e neoplasias. O cálcio na urina de 24 horas, além de informar sobre outras causas, possibilita avaliar o balanço de cálcio.
Para prevenir a doença, Mauro Scharf dá as seguintes dicas: a primeira é a alimentação rica em cálcio. O recomendado é de 800 a 1000 mg/dia para adultos jovens e 1.500 mg/dia para idosos. O cálcio pode ser obtido de laticínios (leite desnatado, iogurtes e queijos magros), verduras verde-escuras como brócolis, couve, espinafre e escarola ou por suplementação medicamentosa prescrita pelo médico.
A segunda dica são os exercícios físicos, que ajudam a regular e fortalecer a musculatura. O exercício promove o fortalecimento muscular, além de melhorar o equilíbrio, os reflexos e a marcha, reduzindo os riscos de quedas no idoso em aproximadamente 25%.
A terceira dica é a vitamina D, formada na pele pela ação dos raios solares ou obtida através dos alimentos (leite e seus derivados, óleo de fígado de bacalhau, peixes e camarões). A vitamina D é a responsável pela absorção do cálcio que ocorre no intestino. A orientação do médico é incluir 15 minutos de banho de sol (até 10h da manhã e após 17h) na rotina diária.
Por fim, o endocrinologista lembra que a ingestão alimentar adequada de cálcio e a prática de atividade física devem ter início na infância, onde ocorrem a formação dos hábitos alimentares e a definição da massa óssea. "O organismo mantém constante uma taxa de cálcio e, quando a fonte externa é inadequada, o cálcio é extraído dos ossos para manter os níveis sanguíneos dentro dos valores normais. Por isso, temos que estar atentos desde pequenos", finaliza.
Alimentos x Quantidade de Cálcio
● Leite de vaca pasteurizado 1 copo (200 ml) = 246 mg de Cálcio;
● Queijo prato 15 gramas (uma fatia fina) = 126 mg de Cálcio;
● Iogurte 1 pote (200 mg) = 240 mg de Cálcio;
● Espinafre 100 gramas = 79 mg de Cálcio;
● Escarola 100 gramas = 81 mg de Cálcio;
● Couve manteiga 100 gramas = 330mg de Cálcio;
● Folhas de abóbora 100 gramas = 477 mg de Cálcio;
● Sardinha/Salmão 30 gramas (uma porção pequena) = 86 mg de Cálcio;
● Gergelim 100 gramas = 417 mg de Cálcio.
Serviço:
http://www.lavoisier.com.br