As ruas das grandes cidades já não são um lugar muito seguro para andar de bicicleta. Visto como esporte por muitos adeptos, quem não tem mais coragem de se arriscar entre carros e motos pelo movimentado trânsito está aderindo ao spinning. Apesar do nome diferente, a prática consiste na atividade simultânea de pessoas na bicicleta ergométrica, orientados por um personal trainer.
Foi tentando fugir do trânsito e da poluição, na hora de praticar esportes, que o segurança Marcelo Correa aderiu ao spinning. Ele afirma que a falta de ciclovias torna o passeio de bicicleta arriscado, por isso prefere pedalar na ergométrica. ‘Como aqui em Londrina há poucas ciclovias, o trânsito é muito caótico e perigoso para se praticar o ciclismo’, afirma.
Ele acredita que também é fundamental variar as baterias de exercícios dentro das academias e por isso resolveu alternar o spinning com musculação. ‘É bom para ganhar fôlego e um dos melhores exercícios para se queimar calorias e definir os músculos. Se você faz só musculação, isso dá uma atrofiada nos músculos. Só que no spinning a queima de calorias é mais rápida, porque a aula é muito puxada’, explica.
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De acordo com a personal trainer Letícia Vecchi, uma bateria de spinning dura até 45 minutos, que corresponde a cerca de 40 quilômetros pedalando. Ela afirma que a música imprime o ritmo das aulas, que são divididas em duas sequências que culminam nos picos de maior intensidade das pedaladas. ‘O objetivo é aumentar a frequência cardíaca e a força dos membros inferiores. Depois, logo vem uma recuperação para voltar ao normal, sempre respeitando os limites de cada um’, explica.
Cada aula possui entre dois e três picos de corrida, que duram entre seis e oito minutos, em média. Letícia explica que quando a frequência atinge o ápice é recomendável reduzir a intensidade do exercício. ‘São ondulações que vão oscilando de tempos em tempos. É como se você passasse por momentos de subida e descida’, exemplifica.
A personal trainer explica que as variações proporcionam uma atividade segura para os alunos. Outro detalhe importante é trabalhar com o condicionamento físico antes de subir na ergométrica. ‘Se o aluno aumentar indiscriminadamente os picos, podem surgir riscos referentes ao coração. Por isso que existem os momentos de recuperação’, completa.
Letícia afirma que o exercício trabalha predominantemente os músculos dos membros inferiores, como pernas, glúteo e abdôme. ‘Dentro da estrutura da aula existem os exercícios aeróbicos e anaeróbicos. Os segundos acontecem na hora dos picos, quando a frequência cardíaca aumenta e acontece a falta de oxigenação do sangue’, completa Letícia.