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Reflexão

O reinado dos sexagenários ou como chegar bem aos 60

Redação Bonde
31 dez 1969 às 21:33

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- Reprodução
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Se a tendência de crescimento da população com mais de 60 anos se mantiver constante, o Brasil deverá alcançar, segundo as previsões do IBGE, um universo de 64 milhões de sexagenários em 2050, ou 24,66% da população. Os números impressionam, pois em 2005, apenas 9% da população tinha mais de 60 anos de idade, ou seja, 16,3 milhões. O aumento da expectativa de vida do brasileiro é um fato comprovado pelos censos anuais. Atualmente, ser um sexagenário e chegar a ser um octogenário não chega a ser uma grande proeza, mas um desdobramento de uma série de conquistas médicas, sociais e tecnológicas.

Quem quiser envelhecer com qualidade de vida, terá uma briga feia pela frente. Há 50 anos, os médicos aconselhavam "as pessoas de mais idade" a fazer repouso. Era clássica a imagem do velho de pijamas, sentado na poltrona da sala, sem fazer qualquer esforço, sem andar, nem sequer ir à padaria. "Hoje, está mais do que comprovado que o envelhecimento ativo conduz ao envelhecimento saudável. O envelhecimento ativo prioriza não só a parte física, mas também as atividades sociais, profissionais e afetivas. O idoso precisa compreender que só pertencerá à comunidade se interagir com ela", orienta Eduardo Gomes, médico geriatra e ortomolecular, da rede de Clínicas Anna Aslan.

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Em 2002, durante a 2ª Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, realizada em Madri, a Organização Mundial da Saúde lançou um documento denominado Active Ageing - A Policy Framework, apontando as perspectivas para um envelhecimento saudável. Este documento destaca o conceito do chamado envelhecimento ativo, que leva em conta o conceito de esperança de vida livre de incapacidades. "A incapacidade do idoso está relacionada ao seu grau de risco de ser portador de doenças crônicas. Você pode chegar aos 80 anos e ter um risco acumulado baixo de desenvolver alguma doença, enquanto um outro indivíduo da mesma idade pode ter até quatro vezes mais risco de desenvolver essa doença. Os riscos estão relacionados não apenas aos fatores genéticos, mas também ao estilo de vida de cada um", explica o geriatra.

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De acordo com Eduardo Gomes, a incapacidade funcional começa a aparecer por volta dos 60 anos, por isso é importante evitar e prevenir o aparecimento das doenças crônicas e degenerativas na terceira idade. Para isso, existem intervenções que podem ser feitas tanto pelo paciente, quanto pela família, pelos médicos que assistem o idoso e até mesmo pela sociedade.

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"O aumento da expectativa de vida do brasileiro nos obriga a repensar a velhice e a ponderar sobre nossas escolhas da juventude, pois é grande a influência das nossas decisões individuais na qualidade de vida futura. Vamos pegar como exemplo o tabagismo, que se tornou um grave problema de saúde pública no mundo. No tempo em que vivíamos até 50/60 anos, os efeitos a longo prazo do fumo eram apenas uma ameaça. Hoje, passamos a viver 80/90 anos, aumentando a probabilidade de sofrermos, severamente, e por muito tempo, com os efeitos do tabagismo", exemplica o médico.


Respaldo da ciência

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O especialista lembra que não há uma receita ou fórmula para envelhecer bem. "Não existem recomendações gerais, apenas específicas, apropriadas para cada indivíduo. O envelhecimento ativo está estritamente associado ao desenvolvimento da ciência. Em 2000, o mundo ouviu o anúncio do seqüenciamento do Genoma Humano. Hoje, inúmeras áreas se beneficiam da precisão das técnicas da medicina genômica. Uma delas é a identificação precoce de doenças".


Para Eduardo Gomes, avançar sobre o conhecimento do genoma foi decisivo para se pensar em tratamentos que serão capazes de prever, por exemplo, como uma mesma doença pode afetar diferentes pessoas. "Atualmente, há doenças que podem ser identificadas, por exemplo, na fase que antecede a gravidez. Podemos identificar também famílias portadoras de determinadas mutações associadas a algumas doenças. Na área de genética clínica, o estudo dos genes foi um grande avanço, pois nos trouxe o diagnóstico preditivo, em que se identifica o gene, a mutação ou a alteração no DNA".


Entender como funciona o corpo humano e o processo de envelhecimento é mais eficaz do que buscar a fórmula da juventude, pois nunca na história evolutiva do ser humano houve a expectativa de se viver mais de 60 anos, como há agora. "Devemos planejar como queremos viver esse tempo a mais, lembrando que o fundamental é querer viver bem todos os anos que teremos pela frente, não aceitando de forma passiva os acontecimentos e participando ativamente do processo de envelhecimento", aconselha o geriatra. (Das agências)

Serviço:
Rede de Clínicas Anna Aslan
Unidades em SP, PR, RJ e RS
Para saber a localização das unidades Anna Aslan acesse: http://www.annaaslan.com.br


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