As mulheres têm aproximadamente o dobro das chances de morrer após ter um ataque cardíaco, segundo o estudo francês realizado com mais de 3.500 mulheres e apresentado no American College of Cardiology, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, as mulheres estariam mais propensas a sobreviver a um ataque cardíaco se tivessem a mesma preocupação com a saúde do coração que os homens.
Todas as participantes da pesquisa haviam sofrido um ataque do coração. A partir da análise de cada caso, concluiu-se que a maioria delas não realizava exames de angiografia para visualizar os bloqueios da artéria cardíaca ou angioplastia para liberar artérias obstruídas. Porém, se as mulheres tivessem o mesmo acesso a procedimentos e medicamentos que os homens, poderiam reduzir os riscos de ataques. Os pesquisadores recomendam que as mulheres devem ser tratadas com todas as estratégias indicadas pelos médicos, inclusive as invasivas quando necessário.
Além disso, as mulheres que sofrem de infarto são, em geral, mais velhas e mais pobres do que os homem na mesma situação, além de esperar mais tempo para procurar cuidados médicos do que os homens, quando o assunto é problemas cardíacos.
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Foram também analisados dados de um registro hospitalar regional, que incluiu mais de 3.500 pacientes, cerca de 1/3 dos quais eram mulheres, tratadas por um ataque cardíaco entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007. As mulheres eram, em média, nove anos mais velhas do que os homens, tinham mais problemas de saúde e, o que é mais preocupante, recebiam menos tratamentos eficazes para o ataque cardíaco.
Quando a análise foi ajustada no comparativo entre as próprias mulheres, fatores como pressão arterial, função renal, bem como os tratamentos que receberam, não causaram diferenças nas taxas de mortalidade, tanto no ato do atendimento, como em 30 dias.
No Brasil
Estatísticas da Secretaria de Saúde de São Paulo mostram que as mulheres morrem mais de infarto do que os homens. A cada 100 pacientes masculinos que chegam ao Sistema Único de Saúde (SUS) devido a ataques cardíacos, 12 não sobrevivem. Para as mulheres, o número é mais preocupante: 19 morrem a cada 100 casos. Outros dados da Secretaria revelam que as mulheres obesas e hipertensas correm 10 vezes mais risco de sofrerem um ataque do coração, do que homens em mesmas condições. Alguns sintomas podem ser observados e, caso ocorram, deve-se procurar um hospital com urgência, tais como: dores no peito (que pode irradiar para os braços, pescoço e ombros), fraqueza, náuseas e vômitos. (Fonte: Minha Vida, Saúde, Alimentação e Bem-estar)