A menopausa precoce ainda é um tema que gera muitas dúvidas para as mulheres. Posso engravidar se tiver menopausa precoce? Qual o tratamento? Há como previnir? Existe algum meio de detectar a chegada da menopausa? São questões bastante comuns. Sabe-se que tratamentos oncológicos (quimioterapia e radioterapia), tabagismo e fatores genéticos aceleram a chegada da menopausa e podem dificultar a concepção.
Planejamento, esta é a palavra de ordem quando a mulher tem um histórico familiar de menopausa precoce e deseja ser mãe. Há cerca de 1% da população feminina que chega à menopausa precocemente, fazendo com que o sonho da maternidade fique comprometido.
Para aquelas que têm o desejo de uma gestação natural, é necessário se programar. Mulheres com falência ovariana prematura têm chances inferiores a 10% de engravidar naturalmente. Porém, uma alternativa é a ovodoação, que consiste em implantar óvulos de outra mulher no útero. Mas antes da implantação, realizam-se ciclos menstruais artificiais, por meio dos hormônios estrógeno e progesterona. Essa etapa serve para preparar o endométrio para a gravidez. A fertilização é realizada em laboratório com técnicas de Fertilização In Vitro (FIV). O procedimento eleva os índices de uma gestação bem-sucedida para até 50%.
Previnir-se das complicações decorrentes da menopausa também é possível, desde que haja o diagnóstico precoce: "A vantagem de ter um teste que detecta o início da menopausa, é que a mulher pode buscar um profissional que ajude a conviver com o processo e as mudanças que ocorrem com o organismo", destaca Carolina Ynterian, bioquímica e diretora da Analitic.
A menopausa é uma fase natural na vida da mulher, mas quando ocorre antes dos 40 anos, o fenômeno é considerado precoce. Essa antecipação não pode ser evitada, no entanto é possível identificar sua chegada através de um autoteste (disponível no mercado com o nome de Confime Menopausa). O teste indica o aumento do hormônio FSH (Hormônio Folículo Estimulante) através da urina. O nível do hormônio aumenta significativamente quando a mulher está na menopausa.
Outra ferramenta, um pouco mais complexa, para diagnosticar a menopausa são os testes de reserva ovariana. Por meio deles pode-se observar a diminuição da função ovariana reprodutiva e assim, dar início ao tratamento adequado.
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) é comumente indicada nos casos de menopausa precoce. O tratamento evita o envelhecimento prematuro, osteoporose, atenua os sintomas da menopausa e garante uma melhor qualidade de vida.
De acordo com estudo científico publicado, em abril deste ano, na revista Archives of Internal Medice, os desconfortos provenientes da menopausa (suores noturnos, irritabilidade, ondas de calor, mudanças na libido e palpitações) podem ser mais intensos nas mulheres que chegam a esta fase com mais antecedência.
Além da hereditariedade, tratamentos de quimioterapia, radioterapia e o tabagismo contribuem para que a menopausa chegue antes da hora.
É importante lembrar que o disgnóstico apontado pelo autoteste deve ser confirmado por um médico, assim como o melhor tratamento para cada caso. Por isso, busque a onião de um profissional sempre que surgir qualquer dúvida sobre o tema.