Boa forma

Mantenha a forma sem abdicar dos prazeres do chocolate

31 dez 1969 às 21:33

Hoje, o Brasil é o quinto maior produtor de chocolates do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e França. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), a produção industrial desse ano deve crescer uma média de 7% em relação ao ano de 2007, atingindo 22,9 mil toneladas. Isso corresponde a mais de 100 milhões de ovos.

De acordo com a nutróloga Daniela Hueb, apesar de calórico, o chocolate é um alimento rico em vitaminas do complexo B, fósforo, magnésio, vitamina A, cálcio, magnésio, ferro, ácido fólico, entre outros. Com isso, os chocólatras de plantão podem ficar mais tranqüilos, a ingestão do alimento traz benefícios à saúde e pode auxiliar na prevenção de doenças como a depressão e a anemia.


Cada substância presente no chocolate exerce um papel importante no organismo. A cafeína, por exemplo, é um estimulante e dá energia, a manteiga de cacau, rica em gordura insaturada, estimula a formação do colesterol bom ou a chamada polifenois que age como antioxidante e previne o envelhecimento e também o aparecimento de alguns tipos de câncer.


Além de todas estas vantagens, pesquisadores descobriram que o consumo de chocolate estimula a produção de um produto químico chamado feniletilamina, o mesmo desenvolvido por humanos quando estão apaixonados. Isso explica a sensação de bem-estar ao comer cacau, principalmente entre as mulheres.


Mitos


Com a popularidade do chocolate, muitos mitos foram criados em torno do consumo do alimento. Entre eles, está a questão da acne. Segundo Daniela Hueb não há provas cientificas em relação a isso. Em alguns casos, ele pode piorar o quadro de acne já existente apenas por ser gorduroso, mas não desencadear o problema.


Para quem não consegue abrir mão do chocolate, a especialista recomenda uma dieta a base proteínas (carnes), verduras e algumas frutas, e evitar alimentos com farinha branca e carboidratos em geral para evitar excessos.


A nutróloga dá um alerta para as pessoas radicais que só comem verduras nas refeições, mas abusam dos doces. "Este tipo de compensação só deve ser feita em datas comemorativas, no máximo, duas vezes ao mês. A pessoa pode até não engordar, mas desenvolve anemias e carências vitamínicas que podem acarretar doenças graves", explica.


Uma boa pedida são as receitinhas lights que levam chocolate, como as barrinhas de cereais, banana passa e pudim ou flan diet. Estes produtos são vendidos em supermercado, são fáceis de fazer e são opções saborosas e hipocalóricas.


Daniela ainda faz uma ressalva quanto ao consumo de chocolate por crianças. "As mães devem evitar dar qualquer tipo de açúcar para bebês. Com isso, ela evita o estímulo de uma futura obesidade", avisa.


Mulheres X Chocolate


Por que será que as mulheres amam chocolate? Não importa se o motivo foi a briga com o namorado, uma discussão com os pais, a TPM, os problemas profissionais, o ataque de ansiedade por conta do encontro de hoje à noite ou então, simplesmente porque é dia de comemoração e a felicidade é total. Realmente, o que menos importa é o motivo. O fato é que o chocolate está presente na vida das mulheres na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, até que a morte os separe.


A ligação entre as mulheres e o chocolate, no entanto, está além de ser apenas emocional e, sim, hormonal. A serotonina, também chamada de hormônio da felicidade, é um neurotransmissor capaz de regular o sono, o humor e até o padrão alimentar. As mulheres, principalmente durante a TPM, apresentam queda na taxa de estrogênio e elevação dos níveis de progesterona, que também está associada à diminuição da serotonina. Portanto, como nenhum outro alimento é capaz de aumentar tanto a produção desse hormônio quanto os chocolates e doces, a obsessão feminina por esse alimento é resultado de uma constante oscilação do ciclo hormonal.


Segundo Daniela Hueb, o título "hormônio da felicidade" faz todo sentido, uma vez que a serotonina oferece a mesma sensação de estarmos apaixonadas. "Quando nos sentimos deprimidas e ingerimos chocolate, ele nos proporciona paz, calma e equilibra novamente a nossa serotonina, atenuando a depressão e a ansiedade feminina. Fora que também é uma fonte de prazer rápida", explica a especialista.


No corpo feminino, o chocolate também apresenta vários benefícios, como: prevenir depressão, anemias carenciais, melhora o colesterol bom (HDL), é responsável pela formação de alguns hormônios benéficos, fortalece a resistência imunológica e melhora cabelos e unhas.


"Nutricionalmente falando, o melhor tipo de chocolate é o meio amargo. Ele é mais rico em cacau do que as outras versões, contém vitaminas do complexo B, polifenóis que são anti-envelhecedores e fortalecem a imunidade", afirma Daniela.


Em excesso, no entanto, ele pode ser um dos fatores causadores da obesidade, e como conseqüências, excesso de gordura corporal, triglicérides e colesterol elevado, pressão arterial elevada e até diabetes. É contra-indicado para enxaquecas e auxilia na formação de cáries e gastrite.

Vale lembrar que, apesar de todas as características positivas, pessoas que apresentam quadro de obesidade, enxaqueca e gastrite, devem evitar o alimento. (Das agências)


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