De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Washington nos EUA, o Brasil está na 5ª posição do ranking mundial de obesidade. Resultado do consumo de comidas excessivamente calóricas e com altos índices de açúcar e gordura, o estudo aponta que 60 milhões de brasileiros estão acima do peso e 22 milhões são considerados obesos.
Diante deste cenário, opções "milagrosas" de dietas surgiram no mercado com a proposta da perda em tempos recordes. Porém, muito mais desafiador que baixar os ponteiros da balança é manter-se dentro do peso ideal.
O efeito sanfona é caracterizado pelo emagrecimento e ganho de peso recorrentes, por exemplo, através de dietas restritivas, uso de medicamentos ou shakes para emagrecimento. Quando eliminamos peso muito rápido, nosso cérebro interpreta essa eliminação como uma ameaça ao organismo e quando a pessoa deixa de fazer a dieta e volta aos seus maus hábitos alimentares, que não foram modificados, o organismo passa a estocar como prevenção de novas perdas bruscas, gerando o reganho de peso. Após tantas oscilações de peso, o metabolismo fica cada vez mais lento e alcançar e manter o peso ideal se torna cada vez mais difícil.
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O ato de perder e recuperar o peso repetidas vezes pode gerar impactos emocionais negativos, desestimular e até mesmo deprimir o paciente, contribuir para o desenvolvimento da hipertensão, elevar níveis de colesterol, doenças coronarianas e baixa do sistema imunológico.
Veja 8 dicas para fugir do efeito sanfona e perder peso com saúde:
Radicalismos: para evitar o reganho de peso é importante evitar dietas restritivas e os "milagres do emagrecimento", ou seja, buscar a reeducação alimentar definitiva.
Regras: faça as 3 refeições principais – café da manhã, almoço e jantar – e acrescente lanches saudáveis nos intervalos entre cada refeição. Não pule refeições, este hábito fará você comer muito mais nas próximas refeições e reduzirá seu metabolismo, estimulando o corpo a guardar energia ao invés de gastar.
Cardápio: cozinhe sempre pratos variados, contendo todos os grupos alimentares como carboidratos, proteínas e gorduras, pois todos são fundamentais para o equilíbrio e bom funcionamento do nosso corpo. Restringir algum grupo alimentar pode gerar deficiências de nutrientes e favorecer o efeito sanfona.
Alimentos-chave: inclua frutas, verduras e legumes às refeições pois são alimentos ricos em fibras e ajudam a dar maior saciedade.
Moderação: os doces devem ser consumidos com moderação, mas não é necessário exclui-los completamente.
Água: beba sempre muita água ao longo dia - pelo menos 2 litros - e mantenha-se sempre bem hidratado.
Mastigação: mastigue bem os alimentos, sem pressa. Isso ajuda a boa digestão, dando tempo suficiente para que o estômago envie uma mensagem ao cérebro e este perceba que já está satisfeito.
Exercícios físicos: as atividades físicas são importantes para manter um peso saudável e ajudam a manter o metabolismo sempre ativo.
Muitas pessoas passam a vida inteira em busca de um corpo ideal, topando qualquer tipo de dieta e restrições alimentares para alcançar de forma mágica uma satisfação com sua autoimagem e prejudicando sua própria saúde. Dietas muito restritivas podem aumentar o risco de desenvolver transtornos alimentares. Por isso, procure sempre profissionais especializados e busque, cuidando de sua saúde, o equilíbrio entre o corpo e a mente, para uma vida mais saudável.
*Tamiris Gaeta é nutricionista do Programa Mente Leve Corpo Leve da Clínica Sintropia,