Pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica com o objetivo de conhecer a situação do segmento no Brasil mostrou que 73% dos procedimentos realizados são estéticos.
O cirurgião Cristiano Fleury, membro da SPCP, elenca as intervenções mais procuradas: aumento de mama, lipoaspiração e abdominoplastia. As duas últimas correspondem, juntas, a 35% das cirurgias. "Mesmo mantendo uma rotina de atividade física e alimentação balanceada, algumas pessoas não conseguem estabelecer uma silhueta satisfatória, especialmente após gestações", comenta o especialista.
No caso da lipoaspiração, que corresponde a 20% dos 467 mil procedimentos verificados na pesquisa da Datafolha, a boa notícia é a contínua evolução da técnica. "O procedimento está bem indicado nos casos em que se tem o acúmulo localizado de gordura, mas sem a distensão da musculatura e excesso de pele que justificariam uma abdominoplastia", descreve.
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Já a abdominoplastia, responsável por 15% das intervenções, devolve principalmente a cintura perdida. Os músculos retos abdominais são reaproximados com fios de sutura e o excesso de pele é retirado, afirma Fleury, acrescentando que em mulheres que já fizeram cesariana, a cicatriz pode ser feita no mesmo lugar da que já possuem.
O cirurgião plástico lembra que só o médico pode avaliar qual procedimento é melhor para cada indivíduo: "É importante que o paciente converse bastante com o médico, que deve ser filiado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Ele deve esclarecer todas as dúvidas antes da cirurgia".
O especialista explica que é natural que o paciente apresente temores, especialmente se é a primeira vez que é submetido a uma cirurgia. "Cabe ao médico assistente criar um espaço para o diálogo, apresentando respostas claras, precisas e reais para cada questionamento", revela. Além disso, é importante que o paciente fique atento se o procedimento será realizado em ambiente hospitalar, sob supervisão do anestesista.
A avaliação pré-cirúrgica criteriosa é outro aspecto importante para a minimização de riscos. "Os exames revelam a condição de saúde do paciente, e sua adequação ao procedimento proposto", finaliza Fleury.