Boa forma

Dieta equilibrada ajuda evitar a infertilidade

31 dez 1969 às 21:33

É cada vez maior o número de casais que recorre a tratamentos médicos para realizar o sonho de ter um filho. Porém, poucas pessoas sabem que certos alimentos ajudam a manter as células reprodutoras ativas por mais tempo, aumentando as chances de concepção.

Nós, médicos, podemos apontar diversas causas para a infertilidade, até mesmo genéticas, mas a alimentação também tem grande importância neste contexto. Estudos apontam que 15% dos homens e mulheres inférteis estão acima do peso, por isso é preciso ter mais atenção com aquilo que colocamos à mesa quando nos programamos para ter um filho.


A Sociedade de Medicina Reprodutiva Americana mostrou que 83% dos homens com infertilidade não consumiam frutas e verduras, algo em torno de menos de 5 porções por dia. Já entre os homens que comiam frutas e verduras, o número cai para 40% de inférteis. Por isso, especialistas não descartam a possibilidade do surgimento da infertilidade masculina ser causado por mudanças maléficas nos hábitos alimentares.


Na lista dos alimentos que devem ser cortados da dieta estão o álcool e o café, pois aumentam o nível do hormônio feminino prolactina, o que conseqüentemente reduz a fertilidade. O álcool, por si só, já é um grande inimigo da saúde e dificulta a fecundação por ser tóxico para os aparelhos reprodutores de ambos os sexos, além de desregular o ciclo menstrual. O café consumido em excesso (mais de uma xícara por dia) reduz pela metade a probabilidade de gravidez.


Entre as substâncias que devem ser introduzidas na alimentação estão: ácido fólico, encontrado em alimentos como espinafre e feijão; zinco, presente no germe de trigo e na carne vermelha; vitamina B6, da banana e do frango; vitamina B12, obtida na ingestão de fígado e atum enlatado; e a nossa conhecida vitamina C, encontrada na acerola e em frutas cítricas como laranja e abacaxi.


Seguindo estes pequenos passos podemos aumentar as chances de reprodução de maneira simples e natural, sem necessidade de tratamentos médicos. Além disso, é preciso pensar na saúde do bebê que chegará, por isso é fundamental as gestantes terem hábitos saudáveis, inclusive na alimentação.

*Por Sylvana Braga, médica ortomolecular, nutrologista, reumatologista e fisiatra com clínica no Rio de Janeiro e em São Paulo (www.sylvanabraga.com.br).


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