A osteoporose é uma doença que enfraquece todo o esqueleto, atingindo principalmente as mulheres. Por volta dos 50 anos, a mulher entra na menopausa, então o hormônio feminino (estrógeno) deixa de ser produzido resultando no aceleramento do desgaste dos ossos. O risco para essas mulheres é alto. Estima-se que 50% delas poderão sofrer uma fratura por causa da doença. No Brasil, 18% das mulheres acima dos 50 anos têm osteoporose e outros 50% já começaram a apresentar osteopenia - primeiros indícios de perda de massa óssea. Preocupado com as graves conseqüências da doença que mata cerca de 200 mil pessoas anualmente, o Comitê de Osteoporose da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), lançou a campanha "Vida é Movimento - Previna-se contra a Osteoporose" que visa informar e auxiliar na prevenção da doença.
No Brasil são mais de 20 milhões de pessoas que sofrem com a osteoporose. De cada quatro casos diagnosticados, três são do sexo feminino no período de pós-menopausa. Trata- se de uma doença silenciosa, que não tem sintomas aparentes, e só é descoberta quando está em fase muito adiantada ou quando ocorre a primeira fratura, indício principal da doença. Nas pessoas da terceira idade hospitalizadas em decorrência de uma queda, o risco de morte no ano seguinte à hospitalização varia de 15% a 50%, segundo dados da SBOT.
O período pós-menopausa é a última fase, até o fim da vida, do ciclo de menstruação da mulher. Aproximadamente, uma em cada quatro mulheres corre o risco de desenvolver a osteoporose nesta fase. O que ocorre é que há falta de estrogênio, hormônio feminino que é responsável por várias características que diferenciam a mulher do homem. Uma de suas funções é estimular o crescimento dos ossos que está em constante processo de renovação, por ser um tecido vivo. O processo de renovação ocorre durante toda a vida, mas quando a mulher tem esses hormônios diminuídos, o processo de desgaste dos ossos aumenta, podendo levar a doença. Quando a mulher chega à menopausa, a perda óssea a cada ano varia entre 1% e 5%, o que pode fazer com que no final de cinco anos, mulheres registrem perda superior a 25%, caracterizando a osteoporose pós-menopausa.
Fatores de risco que podem predispor à osteoporose
Genético: Raça branca ou asiática, história familiar, baixa estatura e massa muscular pouco desenvolvida.
Estilo de vida: pouca exposição solar, sedentarismo, baixa ingestão de cálcio, exercício excessivo levando a amenorréia (ausência de menstruação), tabagismo, alcoolismo, dieta vegetariana, alta ingestão de proteínas e cafeína.
Ginecológicos: Menopausa precoce sem reposição hormonal, primeira menstruação tardia, retirada cirúrgica do ovário sem reposição hormonal, ligadura das trompas, retirada cirúrgica parcial do útero.
A Campanha
O Comitê de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas lançou e tem divulgado a campanha "Vida é Movimento - Previna-se contra a Osteoporose" com o objetivo de informar e orientar toda a população quanto à Osteoporose e as doenças ligadas à saúde óssea populacional. O Comitê concentra na prevenção o principal foco de trabalho da campanha, e alerta que cuidados básicos com a saúde auxiliam na prevenção da doença. São atitudes simples como, a ingestão de alimentos ricos em cálcio, a prática de exercícios físicos e banhos de sol, além de evitar o fumo, as bebidas alcoólicas e a ingestão excessiva de café, desde a juventude. Estar atento aos fatores de risco e consultar sempre o médico ortopedista também são fatores chave para diagnosticar a doença e iniciar o tratamento. Em breve o Comitê lançará um site completo com a orientação de diversos profissionais da área, bem como um espaço exclusivo para tirar dúvidas da população e dicas de prevenção da doença. (Das agências)