Boa forma

Alimentos podem reduzir os incômodos da menopausa

31 dez 1969 às 21:33

Processo biológico natural do organismo das mulheres, a menopausa é temida pela grande maioria das mulheres por resultar em sintomas desagradáveis como ondas de calor, suor noturno, irritabilidade, ansiedade, insônia, cansaço e diminuição da atenção e memória. Esta fase, em que a mulher deixa de produzir hormônios, ocorre normalmente entre os 45 e 55 anos. Portanto, a busca por solução ou, até mesmo, a diminuição dos sintomas passa a ser rotina do dia-a-dia dessas mulheres.

Na luta pela qualidade de vida na menopausa, os alimentos podem se tornar aliados naturais. Os grãos, os cereais integrais, as frutas e as hortaliças são excelentes fontes de nutrientes que auxiliam no combate aos sintomas da menopausa.


A ingestão de alimentos ricos em vitamina E, C e D3, zinco, cálcio, ácido fólico, magnésio, selênio, carboidratos integrais, proteínas de alto valor biológico, substâncias fitoestrogeneas e fitonutrientes ameniza as causas decorrentes dos déficits hormonais, de estrógenos e progesterona. A vitamina E, por exemplo, encontrada nas sementes oleaginosas e óleos vegetais, diminui os fogachos (ondas de calor). As substâncias fitoestrogenas (isoflavona), encontradas na soja e derivados, possuem ação similar ao do hormônio estrógeno. Já o magnésio, dos cereais integrais, grãos, beterraba e sementes oleagionosas, age, em conjunto com o cálcio, no bom humor, no relaxamento muscular e na formação de neurotransmissores.


Nessa fase, principalmente, o consumo de frutas e castanha do Pará faz toda a diferença. A vitamina C das frutas cítricas torna-se necessária para a síntese de hormônios ovarianos. Já o selênio, da castanha do Pará, além de antioxidante, fortalece as funções cerebrais que durante a menopausa têm uma diminuição. "Uma alimentação adequada é muito importante no período de menopausa. Com o fim do período fértil, o organismo fica muito frágil e os alimentos agem suprindo as necessidades", ressalta a nutricionista Roseli Rossi, da clinica Equilíbrio Nutricional.


Outro fator que merece atenção é que a menopausa também está associada à osteoporose. Afinal, é o hormônio estrógeno que é o responsável pela conservação do cálcio nos ossos. Neste caso, a nutricionista Roseli dá a dica. "Alimentar-se de vegetais verdes e alimentos fortificados com cálcio é essencial para a garantia da saúde da massa óssea".


A queda dos níveis hormonais altera todo o organismo da mulher, até mesmo a textura da pele feminina e a distribuição de gordura no corpo. O hormônio estrógeno é o responsável pela conservação da pele e pela distribuição de gordura, com isso, na sua falta pode ocorrer diminuição do brilho da pele e um acúmulo de gordura na região abdominal. "Os vegetais e frutas coloridas, como a manga, uvas, cenoura, espinafre e brócolis, por terem ação antioxidante, são ideais nesta situação. Eles possuem fitonutrientes que combatem o envelhecimento celular dos órgãos e estruturas como pele, vasos sanguineos, além de diminuir o risco de câncer de mama e útero", explica a especialista.


Para garantir um cardápio saudável que possa auxiliar no combate aos efeitos da menopausa, a nutricionista da clinica Equilíbrio Nutricional elaborou um quadro com dicas de alimentos.


Vitamina E: diminui as ondas de calor. Estão presentes nas sementes oleaginosas e óleos vegetais.


Vitamina B6: importante para a formação de neurotransmissores (triptofano). Melhora o bem estar. São encontradas cereais integrais, ovos e grãos.


Vitamina C: necessária para síntese de hormônios ovarianos. estão nas frutas cítricas.


Ácido Fólico: ajuda a repor DNA e diminui o risco de câncer de mama. Está presente em vegetais de folhas escuras.


Magnésio: age no bom humor, no relaxamento muscular e na formação de neurotransmissores. É encontrado em cereais integrais, grãos, beterraba e sementes oleaginosas.


Cálcio: essencial para garantir a massa óssea e contração muscular. Está presente em legumes e hortaliças verdes, leite e derivados.


Vitamina D3: reforça o sistema imunológico, melhora a absorção de cálcio. Disponível em óleos vegetais.


Selênio: antioxidante e fortalece as funções cerebrais. Presente na castanha do Pará.


Ômega 3: melhora as funções cerebrais, impulsos nervosos, regula a ação insulínica - glicose, diminui colesterol ruim (LDL) e melhora a fluidez sanguinea. É encontrado na linhaça e peixes de água fria.


Substâncias fitoestrogenas: possuem ação similar ao hormônio estrógeno. Suas principais fontes são soja e derivados.


Fitonutrientes (carotenóides, luteína e antocianinas): antioxidante, que combate o envelhecimento celular dos órgão e estruturas, como pele, vasos sanguineos, visão, além de diminuir o risco de câncer de mama e útero. Saõ encontrados nos vegetais e frutas coloridas: cenoura, manga, uvas, espinafre, tomate, amora, berinjela e brócolis.


Carboidratos integrais: mais energia, além de fornecer um aporte de fibras que reduz até 54% do risco de câncer. Disponível na aveia e arroz integral.


Proteínas de alto valor biológico: para evitar o enfraquecimento e a diminuição dos músculos. Estão nos ovos, aves e carne bovina.


Zinco: é necessário para síntese de hormônios, para melhorar as funções ovarianas e otimizar as funções estrogênicas. Encontrado em frutos do mar e peixes.

Serviço:
www.equilibrionutricional.com.br


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