Gostaria de saber quem é que teve a infeliz idéia de condecorar diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) menos de três dias depois do maior desastre aéreo da história do país???
Não dava para adiar a pompa, devido à circunstância?
Parem o Brasil que eu quero descer!
Por falar em infeliz...
Gostei de ver os assessores da presidência pela janela fazendo todos aqueles gestos graciosos...
Estavam brincando de mímica?
Era pra gente adivinhar o nome do filme?
Ai, ai...
Mudando de assunto e prosseguindo no mesmo...
Thiago Pereira para presidente
Como é possível sobrevivermos sem medalhas, mas não sem boa parte das atitudes que nossos governantes deveriam tomar e não tomam, proponho uma inversão de papéis.
No meu projeto, os esportistas seriam transferidos para a política e os políticos ficariam nos esportes até que o país endireite.
Que tal?
Assim, enquanto nossos heróis colocam ordem na casa, os administradores públicos de carteirinha terão a oportunidade de aprender, enfim e para sempre, que regras existem para serem respeitadas.
Não é uma boa?
Proponho que Thiago Pereira assuma a presidência da República em 2010.
Por que ele?
Ora essa, o rapaz ganhou oito medalhas, é rápido, sabe tudo até de costas, mergulha mas sempre volta à tona, não marca touca mesmo usando uma e, o que é mais importante, não fica deslumbrado tão facilmente.
O Bernardinho, chefão do vôlei, pode ir para a Coordenação Política. Desde que não escalemos o Ricardinho para assessorá-lo, lógico.
Diego Hipólito, craque da ginástica, iria para o ministério da Fazenda.
Para a Casa Civil, convém que chamemos alguém bom de briga como a Natália Falavigna, do taekwondo.
Para cuidar da Agricultura e Abastecimento, a melhor é a Janeth, do basquete. Será difícil encontrarmos alguém mais gabaritado e que garanta a cesta como ela, principalmente a básica.
A Rosicléia Campos, técnica da equipe feminina do judô, provou que pode coordenar as Minas e a Energia como ninguém.
Para que não caia a peteca da Previdência Social até que consigamos promover a tão sonhada reforma, convoquemos para a pasta os dois Guilhermes (Kumasaka e Pardo), do badminton.
O Ministério da Defesa reservamos para a Chana, goleira do handebol. Não sei se a jogadora conseguirá acabar com o caos aéreo, mas que será bem mais eficiente que o Valdir Pires, tenho total certeza.
Caso aceitem minha sugestão, com os políticos brigando por medalhas, é quase certo que fiquemos a ver navios nos Jogos Pan-americanos de 2011, mas acho que vale a pena, né não?
Se bem que poderíamos criar modalidades olímpicas mais adequadas às aptidões dos nossos homens públicos...
Providências à distância, arremesso de dignidade, desculpas ornamentais, conchavo sincronizado, revezamento em partido, adestramento de lobistas, levantamento de propina...
Bom, fico por aqui...
Continuo tentando entender como é que podem querer prender o Kia se ele tem um Dualib...
Volto na próxima semana ou a qualquer momento em edição extraordinariamente ordinária.