Acabou a novela da prorrogação da tal da CPMF. Um imposto a menos. Nosso rica e minguada graninha agradece.
Também ficamos livres daquela outra novela, a do Renan.
Parem o Brasil que eu quero descer!
Dondeuvim? Prondeuvô? Onqueutô? Ho, ho, ho.
Pronostamuíno, hein?
O ex de Mônica Veloso escapuliu, livre, leve e solto das acusações, tirou ainda mais sarro das nossas judiadas e humilhadas caras, rindo pra valer, mas, pelo menos, não empata mais a nossa vida atrasando as votações ao tentar manter-se eternamente magnânimo no troninho da presidência do Senado.
Portanto, iniciaremos 2008 com duas pedras políticas a menos no sapato cidadão.
O novo presidente do Senado é o Garibaldi, do PMDB do Rio Grande do Norte.
Sim, também consta denúncia contra ele, mas nada assim tão grave e com envolvimento tão direto.
No final das contas, com o Garibaldi, a Vila Sésamo parlamentar continuará mais ou menos exatamente a mesma coisa.
Não, não sei dizer se ele também tem amante gostosa que poderá posar para a Playboy.
Aguardemos o andar da carruagem.
Sigamos em frente...
A guerra da CPMF
O governo fez de tudo...
Quase arrancou a Roseane Sarney da sala de cirurgia para levá-la à votação de cadeira de rodas, entre outras medidas desesperadas...
Mas não deu.
Não sei bem o porquê, mas percebi que a senadora não parou um só instante de acenar aos colegas de plenário.
Na votação do Senado que definiria a prorrogação da CPMF até 2011, o governo obteve 45 votos e a oposição 34. Para aprovar a continuidade da cobrança seriam necessários 49 votos favoráveis
O governo poderia ter dormido sem essa, mas, a meu mirde ver, Lula consolidou a derrota quando, sutil como um mico-leão-dourado brincando numa loja de cristais, decidiu soltar os cachorros petistas sobre o Democratas.
Até poderia ter vencido, bastava ter conseguido administrar a tradicional soberba.
Depois de tentar pressionar a oposição jogando a opinião pública contra os adversários, acusando-os de sonegadores, não adiantava mais jogar panos quentes. Agora a Inês é morta, foi cremada e não ressuscita.
Vira e mexe, o tempo passa e o PT não aprende.
Não aprende que a humildade também faz parte do jogo, que o "delicado" estilo Hugo Chávez de politicar não combina lá muito bem com o que chamam de democracia.
Ter apoio popular não quer dizer necessariamente que se possa fazer ou dizer qualquer coisa que venha à cachola.
Lula, agora, terá cerca de 40 bilhões a menos para gerenciar as pretensões políticas do PT em 2010.
Tanto se falou a respeito da quase eterna contribuição, mas...
Não é nada fácil compreender tudo o que envolvia a manutenção da cobrança.
Pouco se falou dos interesses eleitoreiros que estavam por trás da briga entre governo e oposição neste caso.
Ou alguém pensou que o PSDB e o Democratas, votando contra a prorrogação da taxa, pretendiam apenas poupar a população da cobrança?
Em resumo, eles querem é que o governo se estrumbique, que tenha de fazer mágica para administrar o orçamento.
Desta vez o pão governamental caiu com o Mantega virado para baixo...
A ideologia sempre em primeiro lugar
Segundo o governo, falta dinheiro para a Saúde, para os programas sociais em geral...
O engraçado dessa história para boi mimir é que não falta dinheiro para montar uma TV Pública, para investir numa espécie de BNDES sul-americano inventado por Chávez, para gastar os tubos em estádios de futebol para a Copa de 2014...
Engraçado, né não?
Enfim... Em política, não adianta tentar compreender certas coisas.
Não adianta tentar compreender, por exemplo, como é que Lula pôde elogiar o colega boliviano Evo Morales e classificá-lo de " a coisa mais extraordinária que aconteceu na América do Sul".
Uai, o cara foi lá, tomou conta dos investimentos da Petrobrás em seu país, mandou a gente de volta pra casa de mãos abanando e ainda ganha tapinhas nas costas e elogios do nosso presidente... Pode?
Está certo que a diplomacia exige jogo de cena, porém, tudo tem limite.
Disparates assim não entram em minha néscia e perdida cachola.
O que fica muito claro para este escrevinhador é que, para Lula e o PT, a ideologia está sempre em primeiro lugar, à frente , inclusive, dos interesses do país.
Volto na próxima semana ou a qualquer momento em edição extraordinariamente ordinária.