Perdido na Metrópole

Cozinhando o pepino

01 ago 2007 às 11:00

É uma pena, mas os Jogos Pan-americanos de inverno chegaram ao fim...

Foi bom enquanto durou!


A política invadiu o mundo dos esportes. Pois é. O Pan contou com 3 tipos de Lula no evento...


O Lulinha, jogador de futebol
O Lula, técnico de basquete
E o Lulão, tomador de vaia!


Por falar nele, depois de sugerir que o episódio não passava de um complô das "elites", o presidente disse em Cuiabá que não se incomoda em ser vaiado, pois tem duas orelhas: uma para escutar vaias e outra para ouvir aplausos.


Ele tem duas? Sério??? Que declaração importante!


Pensei que ele só tivesse uma e tão somente para ouvir a metade companheira da população. Como agora sei que tem duas, quem sabe não mude de idéia.


Se bem que o fato de termos duas "zoreia" não quer dizer necessariamentente que a gente utilize direito os dois "zovido", né não?


Eu fico maravilhado com o charme das declarações dos nossos governantes...


O brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero, ainda e por enquanto, soltou tantas pérolas esta semana que bateu o recorde de esdruxulices metafóricas verbais, até então com o nosso excelentíssimo...


Ao comentar o caos nos aeroportos, o brigadeiro disparou uma verdadeira dissertação sobre pepinos...


"o importante não é o pepino. O importante é saber lidar com o pepino, saber cozinhar o pepino, cortá-lo corretamente. É ter inteligência para trabalhar com os pepinos e, principalmente, ter calma para se trabalhar com pepino".


Cozinhar pepino?????


Desde quando precisa de inteligência para cortar pepinos?


Pelo que sei, na hora de cortar um pepino, é preciso, sim, muito cuidado, o mesmo que o brigadeiro deveria ter antes de optar por pronunciamentos de natureza leguminosa.


Se bem que na hora dos nossos governantes falarem abobrinhas para os supostos bananas contribuintes, cujas feições oscilam sempre entre o pimentão vermelho-vergonha e o pimentão verde-raiva, o mais importante, para eles, é ser liso feito baba de quiabo. Neste governo, metáfora dá fácil, que nem chuchu.


Ai, ai
Parem o Brasil que eu quero descer!
Dondeuvim? Prondeuvô? Onqueutô?
Pronostamuíno, hein?


Não contente, o brigadeiro, em outra entrevista, na hora de dizer que não estava nem aí se perdesse o cargo, soltou mais uma bomba...


"Tudo o que entra, sai. Tudo o que sobe, desce"


Ainda bem que ele não estava mais falando de pepino, né não? Caso contrário esta metáfora poderia ser mal interpretada.


Por falar em caos, ao acompanhar as medidas emergenciais que foram colocadas em prática pelo nosso aparentemente eficiente novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, , como num passe de mágica...


Fico só pensando...


Se fizeram agora é porque precisava ser feito... Certo? E se precisava ser feito...


POR QUE DIABOS NÃO FIZERAM ANTES?


Podemos saber?


Depois vêm dizer que o governo não tem culpa. Ok! Se não tem culpa, para quê tantas medidas emergenciais neste momento? Para sossegar a opinião pública apenas?


O povo quer saber... Por quê os 151 vôos dos 712 que operam atualmente em Congonhas foram transferidos somente agora?


Feito atleta de Fidel Castro Pan, retiro-me rapidim...
Chega de pepino por hoje...
Vou nessa...
Fui!

Volto na próxima semana ou a qualquer momento em edição extraordinariamente ordinária.


Continue lendo