Este negócio de dividir a última parte de uma saga em troca de uns trocados talvez seja o maior culpado pelo desfecho meia boca de "Jogos Vorazes". A parte final chega aos cinemas brasileiros nesta quarta-feira (18) e é o pior filme da simpática franquia teen.
O último livro da trilogia de Suzanne Collins deu origem a dois filmes. Uma pena que ambos sejam bem menos impactantes e divertidos do que os capítulos iniciais.
137 minutos de guerra
Em duas horas e 17 minutos, Francis Lawrence (também diretor dos dois filmes anteriores) mostra a tentativa de rebeldes em tomar o poder e invadir a Capital, comandada pelo tirano President Snow (Donald Sutherland).
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O filme acontece em escombros e no subsolo, como se fosse uma fase de um game mediano de corrida infinita. Uma produção dessas só com uma boa cena de ação é dose.
A única sequência digna nesse quesito é quando bestantes (monstros a serviço da Capital) perseguem nossos heróis em um túnel.
Tudo pela democracia
Em um futuro pós-apocalíptico, os rebeldes querem um governo democrático para a nação Panem, região que hoje conhecemos como América do Norte. Entre os soldados estão os jovens vencedores dos Jogos Vorazes. Se você não viu os outros filmes, eram torneios com 24 jovens que se matavam em reality show até que restasse um sobrevivente.
Ritmo lento
A primeira metade de "Jogos Vorazes: A esperança – O final" é devagar quase parando. A hora final é apressada e com reviravoltas um tanto óbvias. Nesta altura do jogo (que saudade da voracidade deles, aliás), a espontaneidade de Katniss não surpreende mais ninguém.
J-Law sempre bem
Precisa dizer que Jennifer Lawrence está bem? Claro que está. Ela faz todo sofrimento da personagem parecer real: em discursos com sangue nos olhos ou em cenas de chororô feitas com intensidade. Fosse outra atriz no lugar, certamente o filme seria ainda mais lento.
O olhar perdido de Peeta (Josh Hutcherson) até que convence. O que não cola é o triângulo amoroso com ele, Katniss e Gale (Liam Hemsworth). É a primeira vez que os três estão tanto tempo na tela. Mesmo assim, não há faíscas.
(com informações do site G1)