O Tribunal de Contas da União negou recurso do ator Guilherme Fontes, que tenta reverter a decisão sobre a prestação de contas de seu filme Chatô - O Rei do Brasil, cuja produção começou em 1996. O longa nunca foi lançado. Ele captou R$ 14,2 milhões para o longa por meio da Lei de Incentivo à Cultura e da Lei do Audiovisual. Segundo o TCU, o valor devido é de R$ 66.267.732,48, já com juros de mora e atualização monetária, mais R$ 2,5 milhões de multa.
Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, Fontes não foi encontrado para comentar o caso. Seu irmão, o produtor Theodoro Fontes, disse que ele "está em processo de lançar o filme". Não cabe mais recurso no TCU que julgue o mérito da questão, mas ainda é possível tentar um embargo de declaração, recurso que lhe garantiria mais tempo para o pagamento dos valores, devidos ao Fundo Nacional de Cultura. O prazo estipulado é de quinze dias. Há dois anos, Fontes foi condenado pela Justiça do Rio a devolver R$ 2,5 milhões à Petrobras, que foi uma das patrocinadoras do filme. Em abril deste ano, ele disse em entrevista à revista Status que Chatô estrearia ainda esse ano e que já estava negociando os direitos de transmissão televisiva com a TV Globo. Atualmente, o ator está no ar na emissora na novela Boogie Oogie.
Ele nega mau uso de dinheiro público. "Eu durmo tranquilo porque nunca desviei um real. Essas duas condenações são uma piada. O que captei de fato foram R$ 12 milhões. Recebi R$ 8,6 milhões, que investi integralmente no projeto. O Brasil é fake!", afirmou à revista. "Filmei em 1999, 2002 e 2004.
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Nunca houve uma filmagem cancelada, nada que denotasse falta de profissionalismo. Ele está com 1 hora e 53 minutos. Acabou. Levei três anos para filmar 80% e quase 14 para fazer 20%. Está faltando um dinheirinho para fazer a trilha sonora e a computação gráfica. Vou estrear este ano. E vai ser uma coisa muito louca. As pessoas vão se surpreender. Está quase, está quase", declarou.