Em 2011, a oitava edição da Movelpar – Feira de Móveis do Estado do Paraná – foi palco de novidades personalizáveis para cozinha dos brasileiros. A Feira, que terminou na última sexta-feira, no Expoara Centro de Eventos, reúniu os grandes produtores de mobiliário do Brasil e previu tendências para os próximos anos. Para os especialistas, as cozinhas devem ter alto valor agregado e diversas possibilidades. "A classe consumidora brasileira descobriu que comprar o mais barato nem sempre compensa. Ela sabe que precisa ser exigente e escolher aquilo que trouxer um bom custo-benefício", analisa o designer Alexandre Teixeira.
A Nicioli, empresa especialista em fabricar cozinhas que está no mercado há 50 anos, aposta no segmento componível tendo todos os lançamentos de 2011 nesse conceito. O designer da marca, Alexandre Teixeira, apresenta a Cozinha Futura. "As opções são infinitas. Tudo é escolhido pelo cliente. Ele faz a combinação de cores, puxadores, acabamento com os 60 módulos disponíveis". O objetivo é atender ao máximo de consumidores possíveis.
"Temos verificado muito a tendência do ‘luxo popular’, pois a nova classe média ganhou poder aquisitivo e agora compra somente quando encontra algo que satisfaz seu desejo", explica o designer. Com essa nova realidade, fazer produtos sem opcionais é limitar a decisão de compra, que agora leva em conta todos os detalhes. "Se alguém não gostar do puxador, vai continuar procurando. Se gostar do puxador, mas quiser em alto brilho e não encontrar, também não vai comprar. A saída é ter um produto com opções de personalização", completa.
Leia mais:
Saiba quais são as 20 maiores favelas do Brasil, segundo o Censo 2022
Jovens negros são população predominante nas favelas, mostra Censo
Brasil tem 16,4 milhões vivendo em favelas, diz Censo
Prédio sem conservação na Duque de Caxias em Londrina incomoda comerciantes
A Kit’s Paraná também aposta na tendência. Poder escolher entre rodapés ou pés para o mobiliário da cozinha já é praxe na linha Lumiér, mas o lançamento da Movelpar 2011 é a Cozinha ViV. Com módulos que permite diversos arranjos, ela foca o público da classe C. "As casas desse nosso público alvo têm cozinhas de até 12 ou 13 metros quadrados. Procuramos soluções que aproveitem ao máximo esse espaço e a personalização é essencial para isso. Portanto, vamos continuar investindo em cozinhas componíveis", analisa Sergio Duarte, assessor de marketing.
O administrador Jorge Staudt, da Indékes Cozinhas, procura trazer elementos de mobiliário de alto padrão para o público da classe média. A Cozinha Trovato é planejada para conquistar a classe B, agregando valores europeus como a ausência de puxadores em portas e gavetas. No segmento C, a novidade são portas de correr sem aumento no valor final. "Nosso objetivo é colocar coqueluches que valorizem o móvel sem mexer no preço. O que o brasileiro mais procura nesse momento é realizar seus desejos, melhorar sua qualidade de vida e satisfazer-se pessoalmente", afirma Staudt.