Quando chega o momento de dar a casa o seu toque pessoal, os móveis assumem um papel muito importante. Afinal, de que adianta pintar a parede no tom desejado e escolher a dedo os artigos de decoração se o mobiliário não se adapta às suas expectativas? E é justamente falando em adaptação que surge a dúvida: vale mais a pena investir em peças embutidas ou em peças feitas sob medida?
O arquiteto e decorador Fernando Pellizon, do escritório Pellizon Arquitetura e Interiores, de Campinas (SP), diz que a única desvantagem de se optar por móveis embutidos - aqueles com laterais ou fundos presos à parede - é se a ideia for se mudar depois. "O mobiliário acaba ficando. O cliente deixa a casa com uma nova tarefa de adaptar o ambiente e construir tudo de novo", explica.
Quanto às vantagens desse tipo de móvel, elas existem e são várias! Dentre elas, Fernando ressalta a facilidade de limpeza – não é necessário arrastar ou movimentá-los – e a otimização do espaço. Já o mobiliário planejado, que pode ser embutido ou não, segue a mesma linha de raciocínio. Por mais que seja levado na mudança, ele terá de ser readequado. "Um espaço novo não é igual ao anterior. A luz e a disposição das peças sofrerão variação", afirma o arquiteto.
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Pensando nisso, algumas empresas já oferecem aos clientes serviços de reformulação, com transferência de móveis internamente – em uma mesma casa – ou entre moradias diferentes. A arquiteta Mara Molica, do Studio Molica, de São Paulo (SP), indica esse tipo de serviço. Segundo ela, o gasto para a readequação do mobiliário em uma casa nova é menor do que o investimento em novos sofás, estantes, mesa, cadeiras, etc.
Por isso, aproveitar móveis embutidos – apartamentos alugados têm, em geral, mobília deixada por locadores – pode representar uma boa economia. "Nesses casos, é investimento de risco comprar móveis novos. Eles podem não encaixar", conta Mara.
Uma forma de aliviar os custos com a compra de móveis novos para apartamentos ou casas alugados é negociar descontos com o proprietário pela valorização do imóvel com a alteração no ambiente, com as peças permanecendo após o término do contrato.
Tendências
Os arquitetos Fernando e Mara destacam que a mais nova tendência entre móveis sob medida é a utilização de vidro para compor o ambiente. "Esse material não empena, não risca com facilidade, não exige manutenção e não lasca", afirma o especialista. "Móveis sem porta de madeira não estão sendo mais usados. O branco e o preto são, por sua vez, as cores em alta, com o tom mais escuro brilhante", completa.
Mara acrescenta que móveis para cozinha e quarto com vidro, meio laminados e espelhados também são tendência, pois dão acabamento diferenciado. "Pequenos detalhes podem fazer a diferença no ambiente", define. "Outro hábito comum é a aplicação de tinta própria para madeira com resina, que protege mais a laca, dando mais resistência a esse material para novas pinturas."
No entanto, se a escolha recair mesmo sobre o uso de madeira, fique atento à compra de peças certificadas, seja para móveis ou mesmo para o novo piso. "Normalmente, a maioria vem de reflorestamento. Mas o ideal é pesquisar a origem do material, para evitar peças clandestinas, que possam vir da Amazônia", recomenda a arquiteta. (Fonte: Portal Vital/Unilever)