A chegada do inverno, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país, pede modificações na decoração da casa. Para quem não tem a intenção de realizar mudanças radicais por conta do clima, há algumas alterações que são mais simples e podem fazer uma grande diferença. É o caso dos tecidos, que podem estar nos móveis (com capas ou mesmo novos estofamentos), nas cortinas e em mantas decorativas. De acordo com Ingrid Moskalewski, gerente comercial da Artefacto, é possível dar um ar mais aconchegante a casa mantendo os móveis atuais e usando acessórios que oferecem maior conforto como com a utilização de mantas, almofadas e tapetes. "Muitas vezes uma peça com um tecido, com mais textura e cores mais quentes ajudam a mudar o clima do ambiente", afirma.
Com a tecnologia usada a favor do bem-estar, os tecidos hoje recebem aplicações, texturas e detalhes novos todos os dias, oferecendo mais praticidade e melhor custo benefício. As composições com fibras sintéticas, por exemplo, permitem melhor toque, menos peso, e facilitam a limpeza. Ainda assim o principal benefício da tecnologia é o conforto que ela proporciona às peças.
O couro natural e outras peles de animais são destaque da nova coleção e figuram entre os tecidos em alta para o inverno
Os tecidos mais indicados para climas frios são aqueles com conforto térmico e toque macio. "São tecidos compostos de fios mistos, nos quais a pelagem transmite a sensação de conforto. Geralmente são mais encorpados e pesados, pois possuem mais pontos por centímetro quadrado. Os veludos, por exemplo, têm composição variável de algodão, viscose e poliéster", conta Ingrid. Na coleção da Mostra Artefacto, a aposta está nas peles de pequenos animais para serem aplicadas no mobiliário. "Peles como ovelha, camurça, couros naturais e até a vaqueta trazem o conforto das casas de fazenda para as residências urbanas. Outra aposta são os veludos que vão dos lisos aos listrados e a espinha de peixe, que trazem o refinamento das alfaiatarias utilizadas na moda para dentro das casas", completa Ingrid. Outras possibilidades são os couros com gravações em croco e píton utilizados em móveis como aparadores, mesas de centro ou criados mudos.
Chaise em tricô cinza com almofadas em camurça é a proposta para esse quarto de dormir projetado para uma arquiteta
Ainda dentro deste universo, as mantas estão cada vez mais versáteis, além das capas que podem transformar o estofado. Isso porque existem muitos modelos de sofás que podem ser utilizados com capas em outra cor ou textura diferente da original e com mais conforto. Os linhos são tecidos 100% naturais e têm uma característica de conforto térmico que se adapta tanto ao inverno quanto ao verão. As almofadas avulsas também possibilitam mudar o ambiente sem que seja necessária uma reforma ou troca de móveis.
Cores e texturas
Se as texturas variam muito, com as cores não é diferente. Tons mais neutros, como o bege claro e o cinza, são indicados para móveis maiores, como sofás e cabeceiras. Já os listrados e estampados aparecem em poltronas ou peças que vão ganhar destaque no ambiente. As cores em tons terrosos como o laranja, cognac e marrons ajudam a aquecer. Já os tons de cinza mais claros podem esfriar visualmente. Neste caso, a sugestão é usar o grafite associado com cores mais fortes como berinjela, ameixa ou até o amarelo para quebrar a monocromia.
Dentro da tendência internacional no uso das peles e texturas naturais estão as camurças em cores neutras (bege claro até o grafite e tons de cognac e ameixa), os couros naturais com gravação e as peles de ovelha em pequenos puffs e almofadas.
Sofás, aparadores, bancos e poltronas em linho, couro e madeira fazem deste espaço uma mostra de ambiente aconchegante e cheio de personalidade
Sofás em veludo dão o toque macio e muito conforto. A poltrona em couro natural também é tendência
Ratier de linho, camurça, couro e vaqueta compõem o espaço super aconchegante
Neste espaço tem uso de ratier em linho e seda e uso do couro na cabeceira