Datada do ano de 1953, a casa projetada para a família Dalva Simão, na região da Pampulha em Belo Horizonte, marca a história da Casa Cor como sendo o primeiro projeto de Oscar Niemeyer a receber uma edição do maior evento de arquitetura e decoração da América Latina. Para os profissionais participantes, a oportunidade de criar dentro de um espaço assinado pelo grande mestre da arquitetura foi vista como um privilégio e um incentivo à valorização de tantos outros nomes que fizeram e fazem a história da arquitetura, do design e da arte no Brasil.
Os espaços internos da construção foram completamente repaginados por diversos profissionais. Com intervenções mínimas na estrutura, os ambientes foram alterados através do uso de móveis, objetos de arte, revestimentos, texturas e cores.
Ao todo compõem o evento 35 espaços, que somam 5.000 m². Nem todos esses ambientes estão no interior da casa. Foram erguidas construções secundárias no grande terreno. Entre eles, o Home Cinema, projetado por Carico, o Loft, de Pedro Lázaro e a Casa do Jardim, criada por Luis Fábio Rezende.
Leia mais:
Aneel diminui para amarela a bandeira tarifária de energia elétrica em novembro
Caixa trava concessão de financiamento imobiliário às vésperas das novas regras
Número de pessoas que moram sozinhas aumenta e chega a 18,9% do total de lares do Brasil, diz Censo
Leilão da Caixa tem 500 imóveis; 32 no Paraná, inclusive em Londrina
Gazebo e Casa do jardim
Responsável pela execução do Gazebo, a arquiteta Estela Netto foi uma das profissionais que optou por privilegiar o estilo e a riqueza dos elementos brasileiros em seu projeto. "Como a Casa Cor este ano está sendo feita numa casa projetada pelo Niemeyer, uma casa modernista, eu decidi fazer um projeto que tivesse relação com isso e que tivesse uma linguagem de arquitetura e design brasileiros. Portanto, buscamos usar elementos arquitetônicos e de design exclusivo de nomes consagrados do Brasil", observa a arquiteta.
Partindo dessa premissa, ela não pensou duas vezes na hora de fazer a escolha do mobiliário. "O ambiente possui mobiliário do Sérgio Rodrigues, Jader Almeida e da Etel Carmona, que tem um móveis de luxo, feito com madeira certificada, que recebe beneficiamento e tratamento diferenciados", explica Estela, que também pensou em outros detalhes. "Ainda nessa linha de luxo e design brasileiro, pensei também em obras de arte. O ambiente possui obras da Sonia Ebling que é uma escultora muito conhecida, brasileira e que também nos remete à produção de arte, arquitetura e design no Brasil".
Quem também optou por apostar nas escolhas nacionais, foi o arquiteto Luís Fábio Rezende de Araújo, que executou a Casa do Jardim. "O mobiliário do meu ambiente conta com inúmeras peças do consagrado designer Jader Almeida e também com uma poltrona de Carlos Motta", revela. No espaço projetado por Luís Fábio, o mobiliário convive em harmonia com diversas obras de arte, entre quadros e esculturas, também assinadas por artistas brasileiros. "A Casa do Jardim é realmente uma casa recheada de obras de arte, quem visitar o espaço poderá apreciar obras de Frans Krajcberg, Leopoldo Martins, Rubens Ianelli, Ricardo Carvão Levy, Fernando Lucchesi, Barssotti, Erli Fantin e Fernando Velloso", enumera o profissional.
Para conferir o resultado final do Gazebo e da Casa do Jardim, visite a Casa Cor, de 21 de setembro a 22 de outubro, na Alameda das Palmeiras, 444, Bairro São Luiz. A mostra fica aberta de quarta a sexta-feira, das14h às 22h; sábado das 13h às 22h; e domingo das 13h às 19 h. O valor do ingresso é R$ 50 (inteira).
Poltrona de Sérgio Rodrigues e escultura de Sonia Ebling valorizam o luxo do design e da arte no Brasil em ambiente da arquiteta Estela Netto, na Casa Cor Minas
Visitar a Casa do Jardim, ambiente de Luís Fábio Rezende de Araújo na Casa Cor é uma excelente oportunidade de apreciar obras de grandes artistas brasileiros