Vários são os projetos que demandam a derrubada de paredes, como objetivo de tornar a circulação mais fluida e o visual do espaço mais moderno, além de promover o melhor contato entre as pessoas. Mas, atenção, pondera a engenheira e designer de interiores Karin Brenner, de Curitiba: é preciso saber muito bem se a retirada de uma parede não vai danificar a estrutura da obra, fazendo tudo vir abaixo. A engenheira orienta que é importante ter em mãos a planta da obra original, para não correr nenhum risco. Nesse caso, uma das opções é manter a coluna estrutural e transformá-la em um dos elementos da decoração.
Karin Brenner ensina que, mesmo que as estruturas essenciais da construção não sejam danificadas, ainda restam os problemas relacionados aos encanamentos de água e esgoto e às tubulações de gás e elétricas. ‘Não me refiro apenas ao equívoco de perfurar essas instalações, mas ao fato de que elas ajudam a manter a estrutura estável também. Se tudo for retirado de qualquer jeito, a viga de concreto onde a parede, como um todo, está acomodada, vai sofrer uma nova acomodação, podendo causar rachaduras.
Amelhor solução é fazer a retirada dos tijolos aos poucos, em faixas verticais, começando das extremidades para o centro’.
A engenheira lembra também que a retirada de uma parede vai demandar, obrigatoriamente, a troca do piso, que com certeza ficará danificado pela marca de concreto no chão. ‘Por isso, ao pensar em derrubar uma parede é preciso orçar todos esses pormenores e tomar as devidas precauções, para que essa reforma não acabe em prejuízo’, explica.
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Outra solução apontada por ela é transformar algumas paredes em ‘- meias-paredes’, simulando-as como se fossem bancadas, por exemplo. ‘Com isso, você tem a comunicação visual entre os espaços e a integração com as pessoas, sem precisar uma derrubada tão radical. Em alguns casos, os ambientes ficam até mais bonitos’, argumenta Karin.