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'Preciosidades'

Livro resgata história e cenários do Palácio Boa Vista

Folha Casa & Conforto
31 dez 1969 às 21:33

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Idealizado em 1938, para ser a residência de verão do governador de São Paulo, o palácio foi projetado no estilo neogótico inglês - Divulgação
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No alto da Serra da Mantiqueira e cercado por bosques de quaresmeira e mata nativa, o Palácio Boa Vista abriga uma das mais ricas coleções de arte do Brasil, com quadros de Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Francisco Rebolo Gonçalves, Alberto Veiga Guinard e Vicente do Rego Monteiro, entre outros. Sua história, seus personagens e reproduções do acervo construído cuidadosamente ao longo dos anos são tema do livro Palácio Boa Vista - Um palácio-museu e suas preciosidades, de Ana Cristina Carvalho, curadora do acervo dos palácios do Governo do Estado de São Paulo.

Antigo cenário de saraus, concertos e recitais, que deram origem ao Festival de Inverno de Campos do Jordão, o palácio foi idealizado em 1938 por Adhemar de Barros para ser a residência de verão do governador do Estado. Inspirado pelos castelos europeus, ele contratou o arquiteto polonês radicado no Brasil George Przirembel, que o projetou no estilo neogótico inglês com referências à dinastia Tudor (1485-1558).

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Durante 25 anos, a construção foi abandonada por questões econômicas e políticas e, em 1964, quando Adhemar de Barros estava novamente no poder como governador, o palácio foi concluído e inaugurado no dia 21 de julho. O Boa Vista é um dos quatro palácios do Governo do Estado e foi transformado em Monumento de Visitação Pública em 1970.

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No livro, Ana Cristina faz uma retrospectiva histórica da construção e das funções do palácio. Busca mostrar, através de texto e imagens, algumas das mais importantes obras do acervo e a rica contribuição do palácio à história do turismo e do lazer em Campos do Jordão.

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A autora resgata a fundamental ação de Luis Arrobas Martins, então secretário de Fazenda do estado, a partir dos anos 70, na formação do precioso acervo, que inclui peças significativas do mobiliário artístico português e brasileiro dos séculos 17, 18, 19, e outras feitas no século 20 pelo Liceu de Artes e Ofícios.


Ana Cristina dedica ainda um capítulo ao projeto arquitetônico do palácio, detalhando espaços e cômodos. Depois, sugere um roteiro de visita no qual explica o que o visitante poderá encontrar. Em outro capítulo, fala sobre a capela modernista de Paulo Mendes da Rocha, construída em 1988.

Serviço:
Palácio Boa Vista - Um palácio-museu e suas preciosidades, de Ana Cristina Carvalho. Edição bilíngue, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 136 páginas, R$ 50,00


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