Desde os tempos das cavernas, o homem primata sabia: nada melhor para reunir outros barbudos como ele do que uma fogueira quentinha ou uma boa porção de comida (podia ser uma caça bem apetitosa ou uma fruta muito doce).
Os arquitetos do século XXI também repetiram a receita em vários ambientes da Casa Cor Paraná, encerrada no início deste mês em Curitiba. Salas, jardins, decks e suítes da Casa de Retiros Mossunguê, palco da mostra em 2010, receberam as chamadas lareiras ecológicas.
Há muitas coisas que diferenciam as lareiras ecológicas das lareiras tradicionais ou mesmo das lareiras a gás e elétricas. A primeira é o tipo de combustível. Ao invés de lenha, por exemplo, esses objetos usam álcool ou um outro tipo de fluído líquido (depende do fabricante), combustíveis que poupam o meio ambiente.
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Arquitetos ouvidos pela reportagem citam que a praticidade, mobilidade e limpeza são vantagens que tornam esses objetos os queridinhos dos decoradores em cidades frias das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Viviane Tabalipa e Bruno Soares Martins instalaram uma lareira à álcool no Sítio da Gralha Azul, um jardim que reunia contemplação e lazer na Casa Cor de Curitiba. Segundo Viviane, naquele espaço a lareira não tinha o objetivo de esquentar, mas dar charme e beleza.
Viviane Tabalipa lembra que a lareira à álcool se adapta a vários ambientes dependendo do recipiente em que ela será instalada: inox, granito, madeira, vidro. ''Em um ambiente fechado ela pode aquecer em até seis graus'', comenta Viviane. Ela lembra que há modelos com alças que podem ser transportados facilmente de um cômodo para outro.
As arquitetas Mariana Assad Slivak, Elôa Pellizzari e Walkiria Nossol Lobo da Rosa adaptaram uma lareira com biofluído na mesa do centro do Living. Na opinião de Mariana, esse item é muito bem recebido em Curitiba, por conta do frio e do hábito dos moradores da capital em receber amigos na própria casa. ''A lareira ecológica é superdiscreta, contemporânea e prática. Fácil, não tem a dificuldade para acender, como a lenha'', resume Mariana.