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Casa própria

Imóveis de até R$ 100 mil são mais procurados

Fernanda Mazzini - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33

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- Reprodução
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A maioria das pessoas interessadas em comprar um imóvel é casada e procura um apartamento para comprar com 3 dormitórios ou mais na faixa de preços entre R$ 51 mil e R$ 100 mil. Este perfil foi apurado em pesquisa realizada durante a 4ª Feira de Imóveis de Londrina (PR), realizada neste mês no Centro de Eventos do Catuaí Shopping. Mais de 10 mil pessoas visitaram o evento, que apresentou a oferta de mais de 3 mil imóveis distribuídas em 30 estandes montados por construtoras e imobiliárias. Projeções iniciais apontam para uma comercialização de cerca de R$ 55 milhões, sem incluir os negócios pós-feira.

Cerca de 2 mil pessoas responderam ao questionário, que perguntava o imóvel de interesse, a faixa de preços e a quantidade de dormitórios. O resultado da pesquisa não chegou a surpreender os organizadores do evento. Segundo Marco Antonio Bacarin, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina, uma das entidades promotoras do evento, a faixa de preços de imóveis citada pelos entrevistados - até R$ 100 mil - é a maior necessidade dos consumidores.

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''Aguardamos que o governo aumente o valor dos imóveis de financiamento para até R$ 100 mil em Londrina dentro do programa 'Minha Casa, Minha Vida'. Até agora, o valor definido é de R$ 80 mil, mas temos um universo muito grande de interessados'', afirma Bacarin. O projeto federal já publicado prevê como limite de financiamento R$ 100 mil para municípios com mais de 500 mil habitantes. Apesar da estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgada em agosto do ano passado, projetar uma população de 505.184 habitantes, a lei reconhece apenas o censo oficial do órgão (divulgado em 2006), onde consta 497 mil londrinenses.

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Na Região Norte do Estado apenas Londrina, Apucarana, Arapongas, Cambé, Rolândia e Telêmaco Borba - municípios com mais de 50 mil habitantes - serão beneficiados pelo programa. Ele cita que alguns imóveis adjudicados (retomados pela Caixa Econômica Federal por inadimplência), com valor de até R$ 100 mil, foram comercializados pelo Sincil. ''A procura foi muito grande'', diz. Outro exemplo foram ofertas de apartamentos de até R$ 80 mil, dos quais foram feitos 42 cadastros durante a feira e efetivados 27 negócios na primeira semana pós-evento.


Para Sérgio Takao Sato, diretor da Tasa Eventos (empresa organizadora da Feira de Imóveis), o perfil dos interessados em comprar um imóvel em Londrina é o mesmo das demais regiões do País. ''A pesquisa reflete a economia brasileira e o poder aquisitivo dos brasileiros'', afirma Sato. Ele acrescenta que a procura maior por apartamentos também é esperada devido à segurança. Além disso, nas grandes cidades os edifícios estariam melhor localizados do que as casas. O perfil dos interessados em imóveis apurado nesta edição da feira é praticamente o mesmo do levantado na edição anterior.

No ano passado, a maioria dos visitantes também era casada e procurava um apartamento residencial de três ou mais quartos para compra no valor entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Depois de Londrina, a Feira de Imóveis será realizada em Toledo (de 10 a 14 de junho) e em Campo Mourão (dias 20 e 21 de junho).


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