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Movelpar

Feira de Móveis do Paraná abrirá exportações em 2009

Edson Pereira Filho - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33

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Irineu Munhoz investe na ampliação da fábrica acreditando no potencial das vendas externas. Este ano, o setor moveleiro já tem ganhos 5% superiores - César Augusto
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A Feira de Móveis do Paraná (Movelpar) está sendo encarada como um divisor de águas por 888 empresas da região de Arapongas. A expectativa do setor é que se confirme a tendência de crescimento em vendas verificada no início deste ano. O setor já alcançou 5% a mais de lucro em janeiro deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A feira moveleira, que acontece entre 9 e 13 março, em Arapongas, reunirá 150 maiores lojistas nacionais e outros 15 grandes compradores internacionais. Para 2009, lideranças moveleiras e empresários presumem que o crescimento interno deva ficar entre 5% a 10%. Para exportadores de móveis, a expectativa está entre 10% e 20% a mais no faturamento, impulsionado, principalmente, pela desvalorização do real frente à moeda americana.

''O setor cresceu 15% no ano passado. Ainda não sabemos como irá se comportar o mercado em 2009. Em janeiro deste ano tivemos 5% de crescimento. Nossa expectativa é que se confirme esta tendência positiva nas vendas para este ano'', declarou Irineu Munhoz, diretor da Associação Brasileira do Mobiliário (Abimóvel), coordenador Regional da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep-Arapongas) e diretor Sindicato da Indústria Moveleira de Arapongas (Sima).

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O Pólo Moveleiro do Norte do Paraná saltou de R$ 480 milhões em 2000 para um faturamento de R$ 1 bilhão em 2007. É o segundo maior do país em faturamento. Das 888 empresas, 17,4 mil pessoas estão empregadas formalmente. Só em Arapongas, são 9,9 mil empregos diretos, em 195 empresas moveleiras na cidade. ''Ainda sofremos com a falta de mão-de-obra qualificada'', declarou Munhoz, ao acrescentar que o Centro de Tecnologia da Madeira (Cetman-Senai) de Arapongas vem se empenhando nos últimos anos na formação destes profissionais.

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O proprietário da Colibri Móveis do Brasil, José Lopes Aquino, confirma a falta de mão-de-obra no setor. ''Falta gente qualificada para diversas fases da produção'', assinalou. Ele informou que nos 3 últimos anos a empresa vem crescendo em volume e faturamento. Aquino prevê que das 450 mil peças (móveis) vendidas em todo ano passado, sua empresa aumente em 10% a venda interna e 6% na venda externa. O empresário informou que para dar conta da demanda está ampliando a área fabril em 5 mil metros quadrados.

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O coordenador da Fiep, Irineu Munhoz também está ampliando o parque fabril de sua empresa, a móveis Kaemumm, em 9 mil metros quadrados. Mas o líder moveleiro lembra que o ano passado o setor amargou no último trimestre uma queda de 20% nas vendas. Mesmo diante da queda no faturamento, o setor fechou o ano de 2008 com 15% de crescimento. ''A crise econômica ocasionou uma falta de confiança, prejudicando especialmente o crédito'', lembrou.


Durante Movelpar importadores de móveis da Costa Rica, Índia, México, Marrocos, Jordânia, Moçambique, Venezuela, Peru, Sérvia, El Salvador, Equador e Emirados Árabes estarão presentes no Centro de Eventos Expoara. As rodadas de negociação ocorrem entre os dias 10 e 12, no período da manhã, das 9 às 12 horas.

''Os importadores de nossos móveis vêm atrás de inovação, designer e criatividade'' destacou Munhoz. Já o empresário da Colibri confirma a preferência dos importadores. ''O guarda-roupa, com três portas de correr, é um sucesso no exterior'', lembrou Aquino, ao informar que há 8 anos exporta imóveis. Sobre as inovações para 7 edição da Movelpar, o empresário faz segredo. As novidades durante a Movelpar ficarão por conta de 190 expositores.


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