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Decoração reciclada e ecologicamente correta

27 out 2009 às 11:42

O charme, a beleza e o glamour de peças antigas, por muito tempo, levaram arquitetos, decoradores e gente que não abre mão da exclusividade a garimpar relíquias em antiquários. Esta busca também se apresenta na área arquitetônica com a valorização de projetos personalizados, que encontram na reciclagem de materiais charme e ousadia.

Tijolos e madeiras de demolição, que antes tinham destino certo nos aterros sanitários, ganham texturas, cores e refinamento na mão de designers de interiores e arquitetos. A arquiteta Cláudia Hypólito, que utiliza esses materiais em seus projetos, salienta que o uso vai além de tendências. "Une-se beleza à conscientização e isso é determinante na apresentação do projeto e na hora do cliente definir o que gosta". A exclusividade também pesa, assegura Hypólito. "Quem não quer ter uma peça única na sala de estar ou uma concepção exclusiva de um espaço físico?"


Atualmente, são muitos os materiais na construção civil e no design de interiores que oferecem similares ecologicamente corretos, desde objetos de decoração produzidos a partir de recicláveis, mobiliários restaurados ou feitos de madeiras de reflorestamento até telhas fabricadas com tubos de pasta de dente ou plásticos PET.


Reprodução


"Peças restauradas e materiais reciclados, como as madeiras de demolição, por exemplo, agregam personalidade ao projeto. Os tijolos, usados de forma aparente, mostram a beleza in natura do material e em alguns casos trazem a idéia de simplicidade associada à autenticidade. Isso agrada porque além de ter valor estético ajuda a preservar".


Segundo o pesquisador do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), Ivo Milani, o mercado de resíduos urbanos reutilizáveis está em franca expansão e já movimenta uma cifra bilionária no Brasil, de R$ 8 bilhões por ano.


Reprodução

Apesar dos avanços e da maior conscientização, o uso de materiais reciclados ainda encontra obstáculos, como o alto custo da coleta seletiva e a logística reversa, que representa o gasto para encontrar o produto usado. Segundo o Cempre, falta também uma política tributária coerente para o setor, que ao produzir o reciclado arca com os mesmos encargos de uma matéria-prima nova.


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