Você desiste da ideia de cozinhar só de pensar na trabalheira que dá trazer os ingredientes para dentro de casa? Sem espaço no balcão ou sobre a pia para tantas sacolas, você as espalha pelo chão e, a caminho da geladeira, tropeça em uma delas e derruba a garrafa de azeite que acabou de comprar? Ou, menos desastrado, só rejeita a hipótese de passar mais de uma hora isolado?
O problema não é você, mas sim a sua cozinha - que precisa de um extreme makeover. A quantidade exata de armários para guardar todos os seus utensílios, uma superfície de trabalho bem iluminada e próxima ao fogão, além de eletrodomésticos eficientes (e bonitos) podem transformar a sua prisão doméstica no coração do lar.
"Qualquer cozinha tem de ter um triângulo de trabalho, formado por pia, geladeira e fogão", diz Yara Cianci, arquiteta e consultora de planejamento de cozinhas. "A posição de cada um desses elementos determina a distância dos percursos que o cozinheiro tem de fazer e, consequentemente, o seu conforto." Yara explica que a moda das ilhas e bancadas centrais é, na verdade, uma evolução do entendimento do uso desse espaço.
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Gabriel Kogan, do studiomk27, ressalta o aspecto funcional das bancadas centrais, privilegiadas nos projetos do escritório em que trabalha (um deles é detalhado no alto, à direita). "Há mais área de apoio e ela é mais prática de se trabalhar: basta ver que quase todos os restaurantes utilizam esse formato", diz ele. "Ela também permite maior interação com a área social, evitando que quem cozinhe fique isolado."
Uma vantagem desse tipo de distribuição, que ajuda a entender porque ela é a preferida dos arquitetos, é a otimização dos espaços. "Na cozinha quadradinha de antigamente a porção central ficava vazia, desperdiçando metragem", diz Yara. Uma boa solução para quem tem uma dessas e não cogita derrubar as paredes é transformar uma mesa em ilha de trabalho.