Normalmente, a cortina é um dos objetos de decoração que recebem menos atenção na hora de compor um ambiente. Antes de pensar nela, as pessoas costumam priorizar sofás, mesas, estantes e até mesmo as almofadas. Contudo, é justamente essa a peça que deixa a sua casa com ar mais aconchegante e intimista. Quer saber como combinar o modelo escolhido com o resto da casa e qual tipo é melhor para controlar a luminosidade? Então, anote as dicas e transforme seu cômodo.
Há uma infinidade de tecidos, modelos, comprimentos e cores disponíveis no mercado. "Antes de sair comprando, considere a necessidade, avalie a harmonia do ambiente e aposte na criatividade", sugere o arquiteto Marcelo Sodré. A tendência minimalista que invadiu a decoração no início do século chegou também às cortinas. Em outras palavras, menos é mais.
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Qual a melhor forma de escolher o tecido certo para cada ambiente? Na verdade, não há uma regra, porém, como a moda pede leveza, tem-se evitado brim, veludo ou sarja. O que importa, realmente, é a composição com o resto da casa, mas isso não significa que a cortina deva ser do mesmo tecido usado em outras peças no ambiente. "Cortina igual à almofada está um tanto fora de moda. Eu prefiro tecidos leves, sem brilho, como a gaze de linho sintético, que tem ótimo caimento e não encolhe", explica Steiner. Os tecidos em fibras naturais também estão em alta, como linho e algodão crus.
Já a escolha de cor vai depender de onde a cortina vai ser colocada. Tons da natureza, como beges e terrosos, estão com tudo. O branco também é uma boa opção. "Ele deixa a casa com unidade e combina com qualquer estilo", diz Steiner.Para cortinas grandes, cores neutras são mais indicadas, pois a possibilidade de você enjoar da tonalidade é menor. Além disso, combinam com qualquer decoração. "Se quer investir em algo colorido na casa, escolha peças menores e mais fáceis de serem trocadas, como almofadas, passadeiras, abajures e vasos", afirma a decoradora Daniella Stecconi.
Não podemos nos esquecer da função primordial das cortinas: regular a luminosidade natural. O voal, um tecido leve e que combina bem tanto com ambientes rústicos quanto com sofisticados, desempenha bem a tarefa. "Esse tipo de tecido filtra a luz, ao mesmo tempo em que permite a passagem dela, dando uma sensação agradável de sombra de árvore", observa a decoradora Karin Killingsworth. E se a intenção é bloquear a luz – em quartos e salas de televisão, por exemplo – o recomendado é o uso de tecidos mais encorpados, como algodão fechado, sarja ou linha pura, ou os blackouts.
Tamanhos e modelos
As cortinas podem se estender até o chão ou terminar centímetros abaixo da janela. Esta última opção vale para o caso de haver um móvel que impeça que ela alcance o piso, como uma cômoda. "Mas se a janela terminar a menos de um metro e meio do chão, é preferível optar pelos modelos longos", diz a decoradora Daniella.
Ao optar por um modelo comprido, saiba que a barra deve terminar a um centímetro do piso. "Dessa forma, ela não fica arrastando, e o caimento é mais reto e menos volumoso", explica Marcel Steiner.
E quando o assunto são os modelos... Prepare-se, visto que são vários, desde estilos com pregas, aplicações de outros tecidos ou xale até os transparentes e estampados. A escolha vai depender do ambiente. "Se está muito neutro, com poucos móveis e nenhum acabamento ou revestimento especial nas paredes, acho importante que a cortina tenha pregas, com um lindo tecido, pois isso dará um toque aconchegante ao espaço", destaca a decoradora de interiores Camila Dias Rodrigues, de São Paulo.
Armando a cortina
A forma mais conhecida de disfarçar o trilho por onde vai passar o tecido é colocar sobre ele um bandô, peça – em geral de madeira, mas que pode ser revestida de tecido – fixada na parte superior das janelas. No entanto, a saída mais moderna para conseguir esse efeito é recorrer ao cortineiro, ou seja, um vão no gesso que esconde o trilho.
Além do trilho, outra opção para pendurar as cortinas são os varões. De madeira, alumínio ou mesmo de bambu, eles são acessórios importantes na composição da casa. "Como eles ficam aparentes, devem ser usados apenas em ambientes mais clean, com pouca informação. Caso contrário, contribuem para o caos visual", aponta o arquiteto Marcelo Sodré. (*Fonte: Portal Vital)