Há três anos, o discurso de uso racional da água na construção civil se tornou exigência legal em Curitiba. Desde a promulgação de um decreto em março de 2006, todas as edificações devem prever em seu projeto de instalações hidráulicas a implantação de mecanismos de captação da água da chuva, para serem utilizadas em atividades que não exijam o uso da água tratada, a fim de obter o licenciamento da construção. O documento deixa a cargo do proprietário ou do responsável pela execução da obra a instalação do sistema.
Em dia com a legislação em vigor e com a responsabilidade ambiental, a Hestia Construções e Empreendimentos está entre as construtoras curitibanas que contam com um sistema de reaproveitamento da água da chuva instalado em seus empreendimentos. Segundo Gustavo Selig, diretor da empresa, o investimento feito para a implantação do mecanismo é recuperado em quatro meses. Por isso, mais do que uma questão normativa e econômica, a adesão à iniciativa é uma questão de consciência sobre a importância do uso racional dos recursos naturais. E para transformar ideia em prática, basta ter boa vontade'', destaca. Nos condomínios, a água da chuva coletada é utilizada para a manutenção da área comum.
Além dos empreendimentos, a Hestia conta com um sistema de captação na sede administrativa da empresa. A água é usada para descarga, abastecimento de torneiras, lavagem de veículos e para regar o jardim e, em alguns casos, no canteiro de obras. ''Isto representa uma redução entre 20% e 30% dos gastos mensais da construtora com conta de água'', informa Selig.
Pelo sistema implantado na sede administrativa calhas instaladas no telhado captam a água da chuva que desce pela tubulação. Da cisterna, a água é bombeada para os pontos de distribuição. O líquido é filtrado, tratado com pastilhas de cloro e bombeado para descarga e torneiras. A coleta é proporcional à área de recolhimento, determinada conforme disposição legal.