Mais movimento
Após os números bastante positivos de 2007, a construção civil iniciou 2008 projetando aumentar a sua participação de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB) atingido no ano passado e também prevê aumento de contratações no setor. Somente no primeiro trimestre houve um crescimento de mais de 185% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), a indústria da construção civil já criou em 2008 mais de 110 mil novos postos de trabalho. Somente em janeiro foram contratados mais de 43 mil colaboradores para o setor. O maior crescimento foi registrado na região Centro-Oeste, com alta de 665,9% nos primeiros três meses de 2008.
De acordo com o Presidente da Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis (ALEC) e diretor da rede de franquias Casa do Construtor, Expedito Arena, esse bom momento vivido pelo setor tem que ser acompanhado por todos que estão envolvidos: construtoras, fornecedores e até mesmo pelos colaboradores. ''No ano passado chegou a faltar mão-de-obra e também matéria prima, como o cimento. Já com relação à locação de equipamentos, nossa rede teve um aumento de 44% no faturamento destes três primeiros meses'', destacou Arena.
Esse boom vivido pelo setor tem entre seus responsáveis este ano o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Os investimentos em infra-estrutura do PAC deverão gerar novos postos de trabalho em todo o Brasil. Algumas regiões serão transformadas em verdadeiros canteiros de obras.
Outros responsáveis pelo crescimento da oferta de emprego na construção civil deverão ser o lançamento de novos empreendimentos imobiliários e também a facilidade de compra da casa própria e de créditos para reformas e construções de forma consignada. Este maior acesso da população a imóveis e materiais de construção deverão estimular ainda mais as construtoras em todo o país.
Outra boa notícia para o setor é a melhoria da segurança nos canteiros de obras. Hoje, a construção civil não é mais o campeão em acidentes de trabalho no Brasil. Tais deficiências só foram sanadas após constantes investimentos do setor em educação e equipamentos que oferecem uma melhor qualidade operacional aos trabalhadores.