No dia 18 de junho deste ano, o Brasil comemora os 100 anos de imigração Japonesa no Brasil. Com aproximadamente 1,5 milhão de nikkeis – descendentes de japoneses que nasceram fora do Japão – temos a maior comunidade nipônica fora do Japão.
O Japão é um país com 377 mil quilômetros quadrados de área e abriga aproximadamente 126,2 milhões de habitantes. Tóquio, capital e maior cidade japonesa, tais como outras áreas do país, enfrenta dificuldades para comportar sua população. Esse fator fez com que a arquitetura tradicional japonesa desse lugar a incontáveis arranha céus.
Embora esse estilo esteja ameaçado de extinção, ainda se preservam algumas importantes edificações, como o Palácio Imperial, situado no centro de Tóquio.
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Tal qual a arquitetura de qualquer outro país a japonesa recebeu influências diretas de sua geografia, clima, materiais disponíveis e dos costumes do seu povo. Entre suas principais características estão: fundações especiais, cômodos arejados, telhado inclinado e piso interno coberto por tatami – tipo de esteira grossa, feita de palha de arroz atada e coberta com uma fina camada de junco, equivale ao nosso carpete.
"A grande lição da arquitetura tradicional japonesa é a claridade do ambiente, através de integração do espaço interno com o externo, e a limpeza e qualidade das edificações, em permanente contato com o meio natural. A Arquitetura tradicional japonesa foi referência para Frank Lloyd Wright, um dos papas da arquitetura", explica Frederico Cartens, mestre em arquitetura e sócio proprietário da Realiza Arquitetura.
Para o arquiteto, a arquitetura japonesa contemporânea é fruto de soluções criativas – devido a falta de espaço – em harmonia com os materiais mais avançados tecnologicamente.
"Após a Segunda Guerra Mundial, foi necessário a reconstrução de Tóquio, desta vez mais moderna e com alta tecnologia. Essa nova arquitetura é considerada bastante ousada por seu design e resultados arrojados", explica Cartens. A tecnologia da arquitetura japonesa é tão avançada que pode-se encontrar estruturas que tremem, mas não quebram. São construções flexíveis capazes de tremer, para suportar as forças exteriores como ventos ou terremotos, e não desmoronar. (Com informações da Realiz Arquitetura)