A escolha de um revestimento natural para o telhado dos espaços de lazer favorece a integração da construção à natureza e é muito usada em projetos de casas rústicas. Apesar de ser mais comum em casas de praia ou de campo, a cobertura natural vem conquistando também as residências de regiões urbanas. As fibras tradicionais como o sapé, a palha de santa fé, a piaçava e a palha de coqueiro vêm cobrindo ambientes de lazer como varandas, quiosques e áreas de churrasqueiras.
Dicas
Uma das principais preocupações dos consumidores em relação a este tipo de cobertura está relacionada a eficácia do material em dias de chuva, vento e muito sol. Especialistas garantem que o uso de fibras naturais para coberturas são perfeitas para áreas de lazer devido a boa qualidade deste material como isolante térmico e acústico. Mas atenção: para não haver problemas com água de chuva, recomenda-se que a estrutura do telhado tenha declividade mínima em torno de 30 graus.
Leia mais:
Saiba quais são as 20 maiores favelas do Brasil, segundo o Censo 2022
Jovens negros são população predominante nas favelas, mostra Censo
Brasil tem 16,4 milhões vivendo em favelas, diz Censo
Prédio sem conservação na Duque de Caxias em Londrina incomoda comerciantes
Outra dica é adicionar camadas de manta em telhados de palha para ajudar na impermeabilização da mesma. A manta é disposta entre as camadas, impedindo a passagem de água e eliminando o surgimento de goteiras. Além da manta, a aplicação de resina impermeabilizante ajuda a não permitir a infiltração de água de chuva e ainda evitar que o vento "despenteie" a palha ou que pássaros retirem palha do telhado.
Cobertura de Palha
O projeto pode ficar mais rústico e integrado à natureza se a estrutura do telhado for de madeira aparente, sem forro.
Cuidado na hora de contratar a montagem de coberturas naturais. A empresa deve ser específica da área, pois este tipo de construção exige mão-de-obra especializada.
Manutenção
A pequena durabilidade da cobertura natural é uma das desvantagens apontadas pelos especialistas. De acordo com eles, uma cobertura natural pode durar, em média, de três a quinze anos. Este tipo de cobertura também exige uma atenção maior quanto à proliferação de insetos como baratas, aranhas e cupins. É recomendado detetizar o local a cada seis meses.
Cobertura de piaçava
O risco de incêndio também deve ser levado em conta e uma das saídas é a instalação de "splinders" - equipamentos de irrigação que mantém a fibra úmida e evita a ação do fogo. Em áreas de churrasqueiras, a cobertura natural exige a construção de uma chaminé alta, que seja coberta por um tubo de tijolos. Outra indicação é a aplicação de resina anti-chama que torna a combustão mais lenta.
Tipos de fibras
Piaçava
A piaçava deve ser trançada em ripas de madeira, presas em caibros a uma distância de 17 cm uma da outra. No lado externo, a piaçava é penteada e fica lisa. A espessura da cobertura: de 8 a 10 cm. Durabilidade: de 10 a 12 anos.
Palha de Santa Fé
A palha é organizada em feixes de 30 cm de comprimento e, posteriormente, presas com arame a ripas de 2,5 x 2,5 cm. Estas estruturas são pregadas aos caibros e separadas 20 cm uma da outra. Espessura da cobertura: de 20cm. Durabilidade: 10 a 15 anos.
Sapé
Os feixes de sapé são amarrados com arame as ripas já presas em caibros. Sua aparência é parecida a da piaçava. Espessura da cobertura: de 10 a 15 cm. Durabilidade: 3 anos.
Palha de coqueiro
A folha deve ser dobrada e presa em caibros com arames ou pregos, formando uma estrutura que lembra um pente. Os pentes são sobrepostos um ao outro por cima da cobertura de madeira, a partir das bordas. A durabilidade: 2 a 4 anos.