Ao contrário da cadeira, a poltrona sempre ocupou posto de honra no imaginário doméstico. No lugar da postura rígida exigida pelo sentar correto, aos felizes ocupantes das poltronas desde sempre foi reservado um mundo de descontração e prazeres. Foram o conforto e a distinção, em afinada parceria, que ocuparam a imaginação dos designers na hora de dar forma e função ao cobiçado objeto.
Ao longo das décadas, vários ingredientes foram sendo acrescentados à receita do móvel. Estrutura delgada e bancos para os pés eram itens quase obrigatórios no mobiliário dos anos 50, época em que o ideal de refinamento estético se resumia à elegância da madeira delicadamente torneada e um estofamento generoso e ortogonal.
Sob a ótica dos designers das décadas de 60 e 70, era preciso transgredir, abraçar o usuário e marcar presença. Tempos dos mais criativos em termos de expressão e desenho, mas que não deixaram saudades sob o ponto de vista do conforto.
A léguas de distância de suas antecessoras, as poltronas a partir dos anos 80 investem em formatos ergonômicos, progressivamente minimalistas e econômicos. Uma atitude mais sustentável e um uso mais parcimonioso das matérias-primas são itens igualmente em alta.
Para o arquiteto Caco Piacenti, que deu dicas de como escolher a peça ideal (veja abaixo), uma poltrona pode ter várias funções além de simplesmente um assento. ''Ela pode ser decorativa, escultural, com a função de ponto de descanso ou leitura. A escolha se dá de acordo com a função a que ela servirá. E elas podem estar presentes em vários cômodos da casa, como salas, quartos, salas de banho, halls de entrada, espaços comerciais'', comenta.
Dicas para escolher a sua poltrona
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● Dois tipos de texturas não se combinam. Deve-se usar tecidos iguais ou um sofá com um tecido texturizado e poltronas em seda ou tecido liso, por exemplo.
● Ao escolher uma composição, listrado ou estampado, é importante que exista ao menos um tom que faça ligação com o sofá ou o restante do ambiente.
● Cuidado com o tamanho. O cliente se encanta com a peça de mobiliário, compra, mas ao chegar em casa vê que a poltrona é grande para o espaço, ou não combina com o tapete, mesas, etc...
● Há uma convenção que uma poltrona clássica Luiz XV ou cadeirinhas chinesas sempre compõem com um sofá... Pode ser um grande erro se o conjunto geral do ambiente não for levado em consideração.
● Atenção à quantidade, é comum vermos uma sala com exageros de elementos e poltronas, um ambiente ''clean'' pode ser bonito e convidativo, dependendo da disposição e materiais escolhidos.