Uma alternativa sustentável promete revolucionar o mundo da construção civil, graças a pesquisadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda. O Bioconcreto, nome dado ao material, é capaz de regenerar construções desgastadas, graças a substâncias 'vivas' presentes nele.
Para a criação, os cientistas misturaram concreto tradicional com colônias da bactéria Bacillus pseudofirmus. "O surpreendente é que essas bactérias formam esporos e podem sobreviver por mais de 200 anos nos edifícios", disse o cientista Henk Jonkers. Após misturar as duas substâncias, acrescenta-se actato de cálcio - alimento das bactérias - e o material está pronto.
Quando surgirem rachaduras nos edifícios feitos com o bioconcreto, as bactérias ficam expostas aos elementos físicos, como a água, que penetra nessa fissuras. As bactérias se alimentam do lacto de cálcio, resultando na produção de calcário em um tempo aproximado de três semanas.
Leia mais:
Neymar compra cobertura de luxo em Dubai por R$ 314 milhões
Fim de ano nos condomínios: Como manter a harmonia e a segurança?
Saiba quais são as 20 maiores favelas do Brasil, segundo o Censo 2022
Jovens negros são população predominante nas favelas, mostra Censo
De acordo com os criadores, não existem limites para as rachaduras, podendo ser de centímetros a quilômetros de extensão. Porém, a largura não pode ser superior a 8 milímetros. Isso geraria uma economia de bilhões de dólares na reparação de edifícios.
Apesar do custo do material ser mais caro do que o convencional, a longo prazo o benefício econômico é certo. Segundo a BBC Brasil, o custo do metro cúbico do concreto tradicional é de aproximadamente US$ 80 (R$ 260) no país, o novo material passaria dos US$ 110 (R$ 360) - um acréscimo de quase 40%. (Com informações de BBC Brasil)