Cada vez mais a arquitetura de interior busca cumprir os conceitos de sustentabilidade utilizando, entre outros materiais de grande relevância, a madeira de demolição - um material que sempre se manterá único frente às tendências impostas pelo mercado, pois pode ser utilizada de várias formas.
Com aspectos particulares como a aparência envelhecida, que agrada a maioria das pessoas, a ecologicamente correta madeira de demolição traz ao ambiente um ar de aconchego sem ter, necessariamente, aspecto rústico e primitivo.
Para a reutilização desse material, que é extremamente durável, a madeira passa por um processo de estufa natural para garantir alta resistência contra rachaduras e empenamentos, já que normalmente está extremamente seca. Após este processo pode ser utilizada em pisos, móveis, esquadrias, objetos de decoração e até mesmo forros. Entre as madeiras de demolição comercializadas estão a Peroba, o Jacarandá, o Ipê, a Canela, o Pinho e a Riga.
Leia mais:
Novas regras da Caixa para financiamento de imóveis em vigor
Mansão de Hebe Camargo vai a leilão, mas não recebe lances
Aneel diminui para amarela a bandeira tarifária de energia elétrica em novembro
Caixa trava concessão de financiamento imobiliário às vésperas das novas regras
Como essas madeiras, encontradas apenas em construções antigas, já estão praticamente extintas e necessitam de 'tratamento' para serem reutilizadas, engana-se quem pensa que vai economizar ao comprar o material. Além disso, ela agrega o valor de ser sustentável e dá ao móvel ou ambiente um ar bem característico, pois carrega significados e histórias.
Outra vantagem é que a madeira de demolição tem uma versatilidade que nenhum outro material tem, pois pode receber tratamentos diferenciados ao longo dos anos. É possível, por exemplo, mudar a cara do piso polindo-o mais ou menos, ebanizando, clareando e até escolher o nível de rústicidade que se quer conferir ao acabamento.
Vale ressaltar que a construção sustentável é, antes de qualquer coisa, um sistema construtivo que visa atender as necessidades de edificação, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, promovendo alterações conscientes no entorno e garantindo a qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.
*Por Vanessa Trad, aruiteta de interiores (www.vanessatrad.com.br)