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Espaço funcional

Café da Casa Cor Paraná procura um proprietário

Redação Bonde
30 jun 2010 às 10:52

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Ao projetar o Café o arquiteto Jorge Elmor seguiu a tendência de sustentabilidade e pretende viabilizá-lo num espaço real - Divulgação
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O ousado espaço Café da Casa Cor Paraná 2010, assinado pelo arquiteto curitibano Jorge Elmor quer ganhar a rua e clientes. A ideia de Elmor é encontrar um investidor, a procura de um conceito, para transformar a cafeteria da principal mostra de arquitetura do Estado, num espaço funcional.

O arquiteto seguiu a tendência de sustentabilidade no projeto e pretende viabilizá-lo num espaço real. "Trabalhamos com as melhores marcas para a construção do Café. Nossa meta é conquistar um investidor que tope casar a idéia de construir uma cafeteria a partir dos materiais e móveis instalados neste espaço", comenta. Com isso, Jorge Elmor contempla o ritmo desta temporada que trouxe como proposta o tema "Morar Verde: maneira sustentável de viver".

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O projeto chama a atenção ao fazer uma reflexão sobre a relação do ser humano com o planeta em que vive. No ambiente ele criou um universo antagônico, capaz de levar o visitante ao inferno e ao céu. Neste mix de dois planos, o arquiteto propõe um sincretismo entre diversas influências religiosas e crenças. Para Elmor, a necessidade de mostrar o quanto o planeta precisa da atenção dos habitantes formou uma simbiose entre os elementos apresentados. "O ambiente é mais que uma exposição de móveis, esculturas e obras de arte. Esta oportunidade trata da forma como vivemos e como pretendemos continuar na terra", disse. "Dar continuidade a esta idéia, é uma forma de continuar a conscientizar os futuros clientes desta cafeteria", finaliza.

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Proposta

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No Brasil, o hábito de tomar café já está incorporado na cultura nacional desde a época de colonização. Desde então, principalmente nos últimos anos, é possível perceber uma mudança no comportamento do consumidor e na sua relação com a cafeteria. Pensando nessa mudança, Elmor trouxe para o Café da Casa Cor a sofisticação ao hábito, tido como um programa de lazer na atualidade. "Criamos uma atmosfera inédita que surpreende os visitantes e os transporta para outra realidade. Um lugar estimulante e ao mesmo tempo um convite ao ócio criativo", revela.


No projeto, Elmor esbanjou o uso de obras de arte e nos móveis expostos no ambiente. Para ele, um trabalho arquitetônico vai além de um projeto. "A arquitetura deve surpreender e emocionar o espectador. Neste espaço, o passante poderá além de tomar um cafézinho, ir de encontro com a ambiguidade humana, em obras de arte integradas à decoração", conta.

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Conceito e projeto


O arquiteto Jorge Elmor procurou, neste espaço, criar um universo antagônico, capaz de levar o visitante ao inferno e ao céu. "(Co)Movidos pelas recentes, constantes e devastadoras catástrofes naturais propusemos um lugar que desperte a urgência na mudança de comportamento. Um câmbio em direção ao consumo responsável dos recursos naturais", afirma.

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O passeio pelo Café é iniciado por um corredor escuro, com iluminação avermelhada, com lâmpadas mini-dicróicas e filtro de âmbar, que levam o olhar para uma instalação tridimensional do artista Cleverson de Oliveira. "A imagem fragmentada expressa o caos próximo, fazendo um alerta sobre o desequilíbrio ambiental causado pelo homem", conta.


O corredor, segundo Elmor, é um espaço viritignoso, que encarna o inferno com poemas da Divina Comédia que representam o Inferno de Dante. Para finalizar a composição desta parte, a trilogia Qatsi, de Godfrey Reggio, é representada por uma parede de cristal negro, da Inove Esquadrias. "Koyaanisqatsi, Powaqqatsi e Naqoyqatsi, mostram respectivamente o significado da vida desiquilibrada, a vida em transformação e a vida como uma guerra", antecipa. Na parede oposta, duas televisões LCD apresentam o espaço e sua concepção.

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Separado por cortinas negras, o salão principal é um ofuscante contraste com o espaço anterior. Todo projetado em cores claras e suaves, com móveis confortáveis, o ambiente ensaia o papel do céu, ou a utopia do paraíso. "A suavidade deste ambiente, composto (lado direito) por mesas de madeira antiga e pés de metal, com poltronas e cadeiras Louis Ghost, cobertas por voil são uma releitura fantasmagórica de clássicos do desing", afirma Elmor. Castiçais entre as mesas iluminam o ambiente e vão de econtro a mais um poema da Divina Comédia, aliado três telas de Virginia Rojas.


O lado esquerdo do salão, poltronas lounge estão emparelhadas com outras seis poltronas envolvidas em lycra. "A sensação é como se elas fossem expelidas da parede, recriando fantasmas intercalados por vasos com galhos secos", diz. As poltronas e as cortinas, em alta costura, receberam tecidos leves e finos, executados por Lola.

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Ao centro, um balcão de ônix (pedra iraniana), da NPK, com iluminação interna ampara o atendimento ao público, que se aconchega na bancada com banquetas italianas Zed, da Florense. Em frente, cortinas translucidas, com imagens criadas pela designer Renata Elmor, envolvem a mesa central de oito lugares, com pé de tronco de árvore, da Villa Sierra, e tampo em vidro. As cadeiras amarelas, Wish Bone, são do designer escandinavo Hanz Wegner. "Os assentos são uma metáfora sobre a leveza e a sorte do paraíso", brinca Elmor. Sob a mesa, um lustre da E Iluminação, dão um toque suave e sofisticado ao ambiente.


No teto, uma obra de arte da artista plástica Anna Mariah Comodos se tornou o céu do Café. "Uma nuvem serpentando suavemente os 110 m2 do forro, ajudam a criar a atmosfera onírica do salão", disse. Jorge aplicou neste espaço uma imagem do firmamento, cerdaco por 12 sentinelas - os titãs -, criado pelo designer Guilherme Abad.

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O piso em madeira, nos dois ambientes, são da Triângulo. No corredor, a madeira utilizada foi a Sucupira escura. Já no salão do Café, o piso Tauari. De acordo com Jorge, a escolha do piso estruturado se deu pela inovação e tecnologia sustentáveis.


Neste mix de dois planos, o arquiteto Jorge Elmor procurou criar um sincretismo entre diversas influências religiosas e crenças formam o Espaço Café. Para ele, a necessidade de mostrar o quanto o planeta precisa da atenção dos habitantes formou uma simbiose entre os elementos apresentados. "O ambiente é mais que uma exposição de móveis, esculturas e obras de arte. Esta oportunidade trata da forma como vivemos e como pretendemos continuar na terra", finaliza.

Serviço:
www.elmor.com.br


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