Já imaginou uma casa ecologicamente correta, onde é possível captar e reutilizar a água, a energia solar e ainda usar matérias-primas de sua região? Essa é a boa notícia em tempos de consciência ecológica. Hoje, montar um projeto arquitetônico com baixo impacto ambiental, utilizando materiais reciclados, já é uma realidade, mesmo com a falta de mão-de-obra especializada.
Mas, se depender de Eugênio Bianchini da Paixão, bioarquiteto, especialista em Eco-construção e PDC (Permacultura, Design e Consultoria), esse novo conceito na área de arquitetura vai se tornar um estilo inovador de morar.
''A bioconstrução é um conceito milenar que está sendo resgatado. Ela é voltada para a construção mais orgânica e em harmonia com o meio ambiente, usando recursos naturais'', explica Paixão, vice-presidente e coordenador, da ONG Taipal e do Núcleo de Permacultura, em Piedade, interior de São Paulo.
De acordo com ele, a Permacultura é uma ciência ambiental que trabalha o design com um planejamento consciente, visando o consumo mínimo de energia e evitando desperdício e poluição.
''Resumindo, é uma casa com conforto ambiental. No lugar de cimento e tijolo comum, utilizamos o barro, e, no telhado, trabalhamos com madeiras recicladas, bambu e até grama. Isso gera uma economia de quase 50%, além de promover a aplicação dos conceitos de reduzir e reciclar'', explica.
Entre os materiais mais utilizados e funcionais dentro da bioarquitetura está o bambu, que além de ser um produto leve e de fácil manejo, tem durabilidade igual a da madeira. ''Dá para fazer desde um revestimento até a construção de uma casa. Sem contar que o bambu tem um charme à parte e pode ser encontrado em quase todas as regiões'', afirma Paixão, que já esteve em Londrina ministrando uma oficina de Corte e Manejo de Bambu, promovida pela Vila Cultural Brasil. Os participantes aprenderam técnicas de corte, amarras, encaixes e confeccionaram mesas e bancos com esse material.
Outras informações sobre o assunto através do e-mail: bioarquitetura@terra.com.br