A riqueza artesanal de países como a China e a Índia caiu no gosto dos brasileiros e invadiu o universo da decoração de interiores. A exuberância das peças, estampada em formatos, materiais e principalmente nas cores, justificam boa parte desta apreciação.
''A influência marcante da mídia tornou mais evidente a presença de peças importadas, principalmente as orientais, no mercado voltado à arquitetura, mas na verdade, elas sempre estiveram presentes na decoração'', comenta o arquiteto Ricardo Grangera.
Com um olhar apurado para as novidades do mercado, Grangera diz não acreditar em uma tendência única, mas cita uma propensão significativa aos materiais sustentáveis. ''Hoje, existem várias vertentes que nos transportam a um estilo de decorar próprio, mas a grande preocupação atual é direcionada ao conforto e bem estar'', justifica.
Porém, não adianta ir comprando tudo o que se vê pela frente. Para não errar na escolha do objeto, Grangera ressalta que é preciso pensar na proporção da peça em relação ao espaço e as cores presentes no ambiente, para que haja harmonia.
''Não tem como dizer qual é o estilo mais apropriado para compor com objetos de diferentes etnias, pois tudo pode ser usado desde que o bom senso faça parte'', afirma ele, que gosta de propor em seus projetos, estruturas claras, limpas e de linhas retas combinadas com peças étnicas, clássicas e de design.
No projeto da Sala Estar e Varanda, de Ricardo Grangera, destaque para a banqueta de bambu e couro, da Indonésia, os bules de porcelana e metal, da China, e a cama estilo tailandês em madeira de demolição.
Na Varanda, o arquiteto caprichou na mescla do baú em couro e do elefante em porcelana, ambos chineses, a gaiola tailandesa em madeira e metal e o banco em madeira de demolição.
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Personalidade na Sala Estar/TV, com as porcelanas chinesas, poltrona em palha, da Indonésia, banqueta tailandesa e tapete de lã indiano.
A banqueta indiana ganha conotação decorativa no Brasil; na foto, a peça da Casa & cia aparece como mesa de apoio.
O Buda (acima) em resina e as lanternas tailandesas (abaixo), da Casa & Cia, são muito procuradas para áreas externas.
Do Oriente para a Le Lis Blanc Casa: cachepôs em prata, talheres em osso e porta-retratos em madrepérola, da Tok&Stok, cesto vietnamita confeccionado artesanalmente em bambu trançado e a galinha D'Angola em cerâmica, pintada à mão e com apliques de produtos recicláveis como tampas de garrafas, da Ibrahim Presentes.