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Efeitos diferenciados

A importância das cores nos ambientes de saúde

Redação Bonde
09 nov 2009 às 11:42

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O projeto de um ambiente hospitalar requer muita atenção não apenas aos aspectos técnicos, mas também aos aspectos humanos - Divulgação
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De uma maneira geral, as cores possuem qualidades específicas e produzem efeitos diferenciados nas pessoas, que podem ser calmantes, repousantes, apaziguadores, refrescantes, excitantes, irritantes... Elas podem, ainda, provocar bem-estar, aumentar ou diminuir emoções, provocar alterações fisiológicas e psíquicas. "Quando pensamos na aplicação de cores nos ambientes de saúde – consultórios, clínicas, hospitais, UTI’s, maternidades – sempre temos em vista que o objetivo dos profissionais que trabalham nestes espaços é o aumento da qualidade de vida do homem. Por essa razão, a cor passa a ter um significado diferente para pacientes, acompanhantes de pacientes e funcionários das instituições de saúde, devendo, portanto, ser valorizada pelos profissionais que estão envolvidos com o planejamento arquitetônico deste espaço", defende a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, diretora de projetos da C + A Arquitetura e Interiores.

Propor a construção de um edifício hospitalar requer muita atenção não apenas aos aspectos técnicos, mas também aos aspectos humanos. Deve-se compreender, por exemplo, que o isolamento do paciente do espaço exterior provoca-lhe uma maior angústia em relação ao seu estado de enfermidade. "Apesar da grande evolução que vem ocorrendo nos hospitais na área do conforto ambiental, ainda, hoje, é comum encontrarmos edifícios hospitalares que não refletem aspectos ambientais e utilizam soluções mecânicas mais fáceis, como ar condicionado e luz artificial", diz Ana Paula Perez.

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Em muitos estabelecimentos de saúde no Brasil, ainda encontramos espaços físicos com pouca ou nenhuma iluminação natural, paredes brancas ofuscantes e pisos escuros. "Sabemos que a claridade é fundamental para o espaço, devemos observar o grau de reflexão das superfícies, a cor usada e os materiais de revestimento de móveis, paredes e objetos maiores, para tentar harmonizar ambientes como estes", diz Perez.

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"Trabalhamos sempre com a idéia de que o ambiente de saúde deve proporcionar o melhor ao paciente, oferecendo-lhe mais qualidade de vida e perspectiva de recuperação. Nesse sentido, a cor deve ser vista como um elemento que participa dessa mudança, uma vez que proporciona bem-estar e tranqüilidade", explica Ana Paula Perez. Aspectos como iluminação e ventilação naturais são indispensáveis no planejamento dos ambientes de saúde, pois contribuem para boas condições visuais, térmicas e higiênicas, evitam o confinamento dos ambientes internos, além de proporcionarem ambientes humanizados, que contribuem muito para o processo da cura.

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Efeitos da cor sobre o paciente


"Ao escolhermos cores para um ambiente, devemos observar cada lugar em específico, pois as cores sofrem influências da posição solar – se no hemisfério norte ou sul, se as janelas estão voltadas para o norte, o sul, o leste ou o oeste, se existem janelas ou há iluminação artificial. Devemos usar cores claras em ambientes sombrios, em que a luz do sol penetra pouco, pois locais escuros deixam as pessoas cansadas e deprimidas. Esta situação pode ser equacionada com o emprego de cores claras e iluminação artificial, melhorando a qualidade de vida do usuário desse espaço físico", afirma a arquiteta Ana Carolina M. Tabach, diretora de projetos da C + A Arquitetura e Interiores.

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"Nos ambientes de saúde, costumamos utilizar uma combinação de cores. As tonalidades quentes ou frias devem ser equilibradas. Com a predominância das tonalidades quentes, mas não excessivamente estimulantes, apenas o suficiente para manter os pacientes despertos e os funcionários com uma boa produção. Ao projetarmos um consultório, uma clínica ou um hospital, procuramos dar ao local um aspecto vivo e animado, que também é transmitido a pacientes e funcionários. A arquitetura contribui muito para a humanização hospitalar, melhorando as condições dos usuários desses espaços, contribuindo, assim, com o próprio tratamento do paciente", diz Tabach.


O conforto visual, a temperatura, a iluminação, um espaço adequado, o respeito aos limites físicos e psíquicos do usuário são necessidades do ser humano que podem ser atendidas com o uso adequado da cor nos serviços de saúde, proporcionando mais conforto, segurança e diminuindo o estresse de todos os que freqüentam este local. "Para isso, é necessário planejamento, conhecimento, estudo da área e das cores a serem utilizadas, buscando-se integrar a luz natural com a artificial, a fim de se alcançar eficiência e conforto visual. Ambientes humanizados e coloridos são essenciais em estabelecimentos de saúde modernos. E para chegar a um bom resultado final é preciso arte e técnica. A cor não deve ser um fim em si mesma, mas um meio estético para proporcionar conforto e tranqüilidade aos pacientes e àqueles que trabalham em ambientes de saúde", ressalta a arquiteta.

Serviço:
www.caarquitetura.com.br
http://minhacasameular.wordpress.com
http://twitter.com/cmaisa


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