Um dos componentes mais importantes do veículo, e que merece demasiada atenção para os sinais de degradação, são os pneus. Além de garantir a segurança do motorista e passageiros, saber a hora de trocar o pneu garante até mesmo na economia de combustível. Estamos entrando no verão, uma época em que as chuvas são predominantes, é imprescindível se ater a esse cuidado.
Segundo o especialista José Carlos Quadrelli, gerente geral de engenharia de vendas na Bridgestone, o momento certo para se fazer a troca é quando a marcação no fundo do sulco for desgastada, no limite de 1,6 milímetros. "Esse é o ponto máximo de desgaste do Pneu, para não levar multa, de acordo com a legislação. Além disso, o pneu acaba perdendo a capacidade de frenagem com esse desgaste. Trocar com antecedência, é até melhor".
O especialista revela que o rodízio dos pneus é determinante para o aumento da vida útil. "Acontece que a não realização do rodízio, faz com que os pneus dianteiros gastem muito mais que os traseiros, desequilibrando o conjunto. O ideal é que o desgaste seja uniforme, nos quatro. Para manter uniforme, recomendamos o rodízio para manter o mesmo comportamento dinâmico de seus pares a cada oito mil quilômetros rodados, colocando os pneus traseiros na frente e vice-versa”.
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Você sabia que existe na legislação de trânsito uma lei que penaliza o condutor que andar com o pneu desgastado? Sim. Isso porque o ‘pneu careca’ pode ser a causa de acidentes. Como consequência o motorista pode ter a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o veículo apreendido, além de cinco pontos na carteira.
Para você não ser prejudicado, fique atento à três sinais para fazer a troca dos pneus:
#1 Desgaste
Uma das causas mais comuns para a necessidade de troca dos pneus é o desgaste. Conforme o pneu roda, o atrito com o asfalto faz com que a borracha seja consumida. Assim, a peça perde suas características, como pelinhos, sulco, dreno e covas, que aumentam sua estabilidade e eficiência.
Quando for notado claros sinais de desgastes nas características apresentadas, é necessário fazer a troca da peça.
#2 Prazo de validade
A validade de um pneu está diretamente ligada a aspectos como: a maneira que o motorista dirige, tipo de terreno em que o carro passa e prazo do fabricante. Se o motorista possuir a característica de direção mais agressiva, com acelerações e frenagens bruscas, a tendência é que a borracha se desgaste com muito mais facilidade, diminuindo a vida útil da peça, diferentemente de quem dirige com mais suavidade e com velocidade constante.
Vias em que as pistas são feitas de paralelepípedo, brita e terra também podem diminuir o prazo de validade do componente. Para aqueles que conduzem o veículo com mais frequência em rodovias e ruas menos esburacadas, a tendência é que só precisem gastar com um jogo novo de pneus um bom tempo depois.
Lembrando que não existe um prazo correto de validade para os pneus, tendo apenas uma garantia de fabricação.
Segundo Quadrelli, não há uma quilometragem certa para a troca dos pneus, sendo relevante a utilização da peça. "Tem pessoas que com os mesmos pneus conseguem atingir 40 mil KM e outros com 120 mil KM. Tudo depende das condições de uso, lembrando que as pistas são determinantes para isso”, revela.
#3 Bolhas e rompimentos
Dependendo das estradas em que o carro rodar, a tendência é dos pneus se desgastarem rápido e, com isso, aparecerem rachaduras e bolhas. Caso isso aconteça, é recomendada a troca imediata do componente.
Além dos pontos apresentados, é necessário se atentar a calibragem correta dos pneus, para aumentar a vida útil da peça, que é recomendado checar pelo menos uma vez por semana, segundo Quadrelli. "É um ponto importante. A pressão correta ajuda a aumentar a vida útil do pneu. É importante seguir o que pede a fabricante do veículo e recomendamos que seja feita a checagem uma vez por semana, inclusive o estepe, que pode ser calibrado com 4 libras a mais, para não correr de pegá-lo vazio em casos de emergência.”
O Gerente também revela que durante o período de férias, é necessário se atentar de calibrar corretamente em casos de carga média ou máxima. "A calibragem é importante colocá-la de acordo com a carga. Portanto, se for viajar com o veículo carregado, é necessário usar a pressão para a carga máxima. Lembrando de fazer tal procedimento com o pneu frio e num posto no máximo a dois quilômetros do ponto de saída”.