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Servidores criticam debate às pressas de plano para amortização previdência na Câmara de Londrina

09 dez 2021 às 08:44

Pelo segundo ano consecutivo, a gestão Marcelo Belinati (PP) envia projeto de lei com objetivo de equilibrar as contas da Previdência no mês de dezembro, faltando pouco tempo para debate antes do recesso parlamentar. 


Na sessão de terça-feira (7), a Câmara Municipal aprovou a admissibilidade da proposta do Executivo que institui o Plano de Amortização para diminuir a dívida atuarial do Fundo de Previdência dos servidores públicos de Londrina.  


A proposta prevê contornar um saldo deficitário de mais de R$ 1,74 bilhão. O envio da matéria no "afogadilho" do calendário parlamentar foi criticado por servidores e vereadores da situação e oposição.


Questionados pela FOLHA, o presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores municipais de Londrina), Fabio Molin, e a presidente do Conselho Administrativo da Caapsml (Caixa de Assistência e Aposentadoria do município de Londrina), Rosangela Cebulski, disseram que só ficaram sabendo da informação após envio do projeto à Câmara e alegaram que não foram ouvidos no debate do Executivo. 


"Estamos trabalhando para (o projeto) não ser tramitado de urgência, pois precisa ser analisado com cautela. O projeto é muito importante para não ter a devida discussão", cobrou Molin. "Eles tiveram o ano inteiro para mandar para a Câmara e novamente eles mandam no final do ano, nem servidores e nem os vereadores conseguem assimilar, discutir e não passa por debates nem nas comissões da Câmara, ou seja, em 10 e 12 dias querem discutir um projeto dessa grandeza", criticou Cebulski. 


Segundo o superintendente da Caapsml, Luiz Nicácio, o estudo técnico feito pela Secretaria de Fazenda foi encaminhado em agosto pela pasta e só na última semana passou pelo aval dos técnicos da Secretaria Nacional de Previdência.


"A proposta foi feita por técnicos do Executivo, passa pelo cálculo do atuário e depois pelos técnicos da Secretaria Nacional e essa aprovação, esse 'ok', só veio agora do governo federal."  Nicácio disse que a legislação obriga o município a encaminhar o Plano de Amortização até o final do exercício 2021. "É oportunidade única de resolver o problema previdenciário que vem se arrastando há décadas." 


Do projeto


A proposta da prefeitura é que as administrações direta e indireta e o Poder Legislativo realizem a amortização do déficit atuarial em 50 anos. 


"São aportes que ocorrerão, considerando como base para apuração do valor a receita do imposto de renda registrada no ano anterior pela prefeitura. O repasse desse aporte é realizado com recursos do tesouro municipal, recursos livres, provenientes das receitas de ICMS, IPVA, ISS, FPM, IPTU, ITR, ITBI", explicou o secretário de Fazenda, João Carlos Perez. 


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